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A vida urbana no Brasil, segundo Debret

15 de fevereiro de 2016

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Entre as diversas atividades comerciais existentes no Brasil, no século XIX, estava a venda de caldo de cana ou garapa, uma bebida refrescante tomada pura ou usada para adoçar outras bebidas como o popular capilé feito com folhas de avenca. Era vendido em tabernas e botequins nas cidades do Brasil.

Espremida a cana, o caldo verte para um recipiente já pronto para ser consumido. Por isso, no Nordeste, usa-se a expressão “na hora, feito caldo de cana” para se referir à rapidez com que algo foi realizado.

  • BNCC: 8° ano. Habilidades: EF08HI12, EF08HI14

Este artigo remete para atividades no site Stud História. Veja no final.

Debret: o artista

O francês Jean-Baptiste Debret viveu no Brasil entre 1816 e 1831. Registrou em dezenas de aquarelas e em notas pormenorizadas o que conheceu no Brasil daqueles anos. Suas gravuras mostram cenas e paisagens urbanas e rurais do Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.  Segundo o historiador Jaelson Bitran Trindade, é provável que Debret não tenha saído do Rio do Janeiro e que suas imagens e notas referentes a outras províncias, especialmente do Rio Grande do Sul, tenham sido feitas a partir de desenhos de outro artista.

Debret foi, também, o pintor oficial da família real para quem executou retratos, telas históricas, pinturas murais, quadros religiosos e alegorias. Ao regressar à França, em 1831, deixou esse trabalho no Brasil.

Seus desenhos, aquarelas e textos, foram publicados na Europa, entre 1834 e 1839, com o nome Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil, 1816-1831, em três volumes, 508 páginas de texto e 156 estampas.

A vida urbana na Corte

Desde a abertura dos portos, em 1808, aumentaram os estabelecimentos comerciais no Rio de Janeiro, especialmente os do setor alimentar. Em 1808, havia na capital 126 casas de comércio; em 1822, à época da gravura de Debret, já eram 1.619 sendo 1.032 tabernas, 39 botequins, 38 casas de pasto, 9 estalagens e 501 armazéns (BRAGA: 2008, p. 44).

Havia também outros estabelecimentos como tabacarias, onde se vendia tabaco e rapé, boticas (como eram chamadas as farmácias), lojas de carne seca, sapataria, açougue, padaria, loja de modistas etc.

Vendedores ambulantes, os chamados escravos e escravas de ganho, ofereciam produtos diversos: frutas, linguiças, banha, carvão, folha de bananeira (usada para embrulhar alimentos), doces, palmito, cestos, balaios etc. Circulavam, também, escravos prestadores de serviços: barbeiro, afiador de faca, carregador, entregador de recado etc. Debret retratou muitos desses tipos sociais que ele viu nas ruas das grandes cidades, especialmente no Rio de Janeiro.

Veja a seguir, oito aquarelas, acompanhadas das descrições de Debret, que retratam aspectos da vida urbana do Rio de Janeiro nas primeiras décadas do século XIX. A última imagem, “Engenho manual” está disponível, no final desse artigo, para download do desenho para colorir.

Negros calceteiros

“Calceteiros”, aquarela sobre papel, 17 x 21 cm, J.B. Debret, Rio de Janeiro, 1824.

“A fim de atender dignamente à solenidade de coroação de D. João VI, influíram na melhoria do calçamento das ruas e praças da cidade velha tanto quanto da cidade nova do Rio de Janeiro (…). Tratou-se de concluir todo o caminho que cortejo real deveria percorrer, desde São Cristóvão até a Capela. (…). Emprega-se no calçamento um granito cinzento, bastante suave, única pedra de rocha que se encontra no Rio. (…) São os negros que se encarregam desses trabalhos e eles os executam sob a supervisão de brancos.” (BANDEIRA & LAGO, 2008, p. 228.)

Loja de carne de porco

“Loja de carne de porco”, aquarela sobre papel, 15,5 x 22 cm, J.B. Debret, Rio de Janeiro, 1827.

“No Brasil, como na Itália, há um grande consumo de banha e carne de porco. De forma que encontramos em vários bairros isolados da cidade do Rio de Janeiro matadouros de porcos. Uma medida sanitária exige que o abastecimento dos açougues seja renovado duas vezes ao dia, o que é feito às 8h da manhã e entre as 6h e 7h da tarde.

 

De todos as lojas da capital, a do açougueiro de carne de porco é a mais repugnante tanto pelo cheiro rançoso que dele se exala como pela banha espalhada por todo lugar, até mesmo nos batentes da porta. Nesses tipos de açougue, os ratos comem no balcão durante a noite e passam o dia de tocaia para pegar os pedacinhos de carne que caem no chão.

 

O açougueiro representado aqui, veste-se com um roupão de chita, calçando chinelos, corta um pedaço de toucinho (…) que será a base da módica refeição de um cidadão de poucos recursos. Um negrinho, moleque, foi com certeza encarregado desse tipo de compra. Mas a negra, com uma mão apoiada no balcão fará a compra suntuosa de um pedaço de lombo de porco, regalo do cidadão mais rico.” (BANDEIRA & LAGO, 2008, p. 195.)

Barbeiros ambulantes

Barbeiros ambulantes, Debret

“Barbeiros ambulantes”, aquarela sobre papel, 18,7 x 23 cm, J.B. Debret, Rio de Janeiro, 1826.

“[Os barbeiros] vagueiam desde manhã nos pontos de desembarque, nos cais, ruas e praças públicas (…), certos de encontrar clientes entre os negros de ganho, carregadores, moços de recados, pedreiros, carpinteiros, marinheiros e as quitanteiras. Um pedaço de sabão, uma bacia de barbeiro de cobre, quebrada ou amassada, duas navalhas e um par de tesouras (…) eis os instrumentos com que lidam os jovens barbeiros, apenas cobertos de trapos quando pertencem a um senhor pobre (…).

 

Vagabundos na aparência são, no entanto, obrigados a comparecer, duas vezes ao dia, ao seu dono senhor para fazer sua refeição e entregar o fruto de seu trabalho (…).

 

A cena desenhada aqui passa-se nas proximidades do Largo do Palácio, perto do mercado de peixe. Dois negros de elite estão sentados no chão; a medalha do que está ensaboado indica seu emprego na alfândega.

 

(…) Os chapéus dos jovens barbeiros, datam da época da fundação do Império Brasileiro [1822]. Naquele momento de entusiasmo nacional, introduziu-se o gosto pelas coisas militares em todas as classes da população e os negros transformaram o chapéu de palha grotesco; uma pena de pássaro substitui o penacho do uniforme. O outro chapéu é também de palha, pintado a óleo com as cores imperiais, verde e amarelo. (DEBRET: 1971, p. 30.)

Escravos de ganho com colar de ferro

Castigo imposto aos negros, Debret

“Castigo imposto aos negros”, aquarela sobre papel, 22 x 14,5 cm, J.B. Debret, Rio de Janeiro, c.1816-1831.

“O colar de ferro é a punição infligida ao negro que tem o vício de fugir (…). O colar de ferro é armado de uma ou várias hastes não somente para torná-lo ostensivo, mas para dar pegada, quando se agarra o negro, principalmente em caso de resistência. (…)

 

É na rua da Prainha, conhecida por suas oficinas de serralheria pesada para a Marinha, que se encontram certas lojas onde se fabricam esses instrumentos de punição, tais como correntes, colares de todos tamanhos, cangas em compasso, botas de ferro, dedeiras.

 

Como todos os operários nessas lojas são escravos, esses aparelhos de punição, no Rio de Janeiro, são forjados e cravados por eles; muito felizes, uma vez que o operário serralheiro não é penalizado. E, nesse caso, o escravo torna-se o carrasco.” (BANDEIRA & LAGO, 2008, p. 189.)

Padaria

Padaria, Debret

“Padaria”, aquarela sobre papel, 15 x 22 cm, J.B. Debret, Rio de Janeiro, c.1820-1830.

“O uso generalizado da farinha de mandioca, em vez da de trigo, fez da profissão de padeiro, no Brasil, uma indústria de luxo, consagrada ao consumo especial de alguns portugueses e de estrangeiros atraídos ao Rio de Janeiro por relações comerciais. Assim, em 1816, contavam-se seis padeiros naquela capital, mas todos possuidores de ricos estabelecimentos (…).

 

Mas dois anos após a coroação do rei, a afluência de estrangeiros e, principalmente, franceses, fez crescer o consumo de pão, o que levou ao estabelecimento de excelentes padarias francesas, alemães e italianas (…)

 

O desenho representa o interior de uma padaria. (…) São 7h da manhã e os negros do padeiro, reunidos em torno de uma mesa no fundo da padaria, descascam o trigo recém-desembargado (…). Um negrinho de casa opulenta acaba de encher um saco com a provisão de pão destinada aos seus senhores, enquanto um moleque e uma negra compram o pãozinho de um vintém (…). (BANDEIRA & LAGO, 2008, p. 197.)

Loja de barbeiro

Loja de barbeiro, Debret

“Loja de barbeiro”, aquarela sobre papel, 18 x 24,5 cm, J.B. Debret, Rio de Janeiro, 1821.

“O oficial de barbeiro, no Brasil, é quase sempre negro, ou ao menos mulato. (…) Pode-se entrar com confiança numa dessas lojas, certo de encontrar, reunidos na mesma pessoa, uma barbeiro, um cabelereiro, um cirurgião familiarizado com o bisturi e um hábil aplicador de sanguessugas. (…) Também é capaz de reparar uma malha escapada de uma meia de seda, como de executar, no violão ou na clarineta, valsas e contradanças francesas (…).

 

Reconstituo aqui o momento de calma das 4h às 5h, precursor do delicioso passeio da tarde. Um vizinho do barbeiro, negligentemente largado à janela com seu leque chinês numa das mãos (…) observa indiferente o tabuleiro, cheio de doces, que lhe apresenta uma jovem negra vendedora.

 

(…) A loja do barbeiro está ocupada por dois negros livres. Antigos escravos de boa conduta e econômicos conseguiram reembolsar ao seu senhor o preço de sua compra o que lhes devolveu a liberdade e conferiu o nível de cidadãos.” (BANDEIRA & LAGO, 2008, p. 198.)

Loja de rapé

“Loja de rapé”, aquarela sobre papel, 18 x 23 cm, J.B. Debret, Rio de Janeiro, 1823.

“O comerciante representado na loja é um português barrigudo, sempre de lenço no pescoço, pronto para enxugar o suor que o inunda. O negro apoiado no balcão, é o encarregado dos negócios dos outros e agente da contabilidade da missão.

 

O segundo dos detidos éobrigado, pela dimensão da corrente, a manter-se de pé e imóvel, enquanto o resto de seus companheiros, comodamente sentados, conversam.

 

O guarda conversa com uma negra (vendedora de legumes) que carrega o filho à moda africana. No fundo, uma outra corrente, em marcha, traz uma provisão de água. (BANDEIRA & LAGO, 2008, p. 190.)

Engenho manual

Engenho manual, Debret

“Engenho manual que faz caldo de cana”, aquarela sobre papel, 17,6 x 24,5 cm, J.B. Debret, Rio de Janeiro, 1822.

“Essa máquina pequena, bastante comum, que eu vi instalada em uma das lojas do Largo da Carioca [Rio de Janeiro], serve para espremer o caldo da cana.

 

Este, que é uma espécie de licor, não pode ser conservado mais de vinte e quatro horas sem fermentar, a menos que em preparo especial, e serve diariamente aos vendedores de bebidas para adoçar uma bebida bastante refrescante chamada capilé, cujo preço diminuto propagou o uso.

 

Pode-se ter uma ideia das grandes moendas por este pequeno modelo, desde que se acrescente um motor hidráulico ou movido por animais. Os cilindros da máquina têm, então, 120 a 150 cm de altura, e ela é construída sempre debaixo de um grande barracão.

 

A simplicidade do mecanismo deste pequeno modelo, exige um negro a mais, colocado atrás da máquina para repassar a cana, já esmagada pelo primeiro cilindro, no segundo, o qual a esmagará mais uma vez.

 

Nas grandes moendas, o segundo negro é substituído por cilindros a mais, colocados de maneira a forçar a cana a passar entre os últimos rolos que acabam de esmagá-la, recolocando-a para o lado em que fora introduzida.

 

O tamanho da máquina e a pouca força do motor, aqui representados, só permitem esmagar a pequenina cana indígena. O mais inteligente dos negros é encarregado de introduzi-la entre os cilindros e de retirar o bagaço, que ainda cheios de suco é aproveitado na alimentação de cavalos e bois, pois os fortificam e engordam em pouco tempo.

 

No fundo da loja, veem-se uma mesa e seu banco preparados para os consumidores que vêm beber, ou somente comprar certa quantidade de caldo de cana vendido por medida. O feixe de cana encostado a um banco, no primeiro plano, dá uma ideia do tamanho bastante mesquinho dessa espécie de cana indígena.”   (DEBRET: 1971, p. 20)

O açúcar na vida brasileira

A gravura de Debret destaca a presença do açúcar nos hábitos alimentares brasileiros no século XIX. O declínio da produção canavieira a partir de 1670 não significou, como se imagina, o fim da economia açucareira. A indústria açucareira continuou lucrativa, apesar do Brasil não mais dominar o mercado de açúcar no Atlântico.

Por muito tempo, o açúcar foi o primeiro produto na pauta das exportações brasileiras, inclusive durante o apogeu da mineração. O valor de produção açucareira sempre excedeu o do garimpo. Os senhores de engenho continuaram sendo uma força política na colônia. No século XVIII, a produção canavieira expandiu-se para o norte fluminense e o litoral sul paulista.

O produto influenciou a dieta brasileira entrando na composição de diversos tipos de alimentos – licores, doces, compotas de frutas e, inclusive, nas carnes e outros pratos salgados. Sua propagação e queda do preço tornou-o, no século XIX, um produto básico de quase toda população, inclusive dos africanos escravizados que, em sua terra natal, não conheciam o açúcar e não adoçavam seus alimentos. Mudou os hábitos alimentares sendo usado para adoçar até bebidas que nunca haviam sido em seus países de origem, como o chá, o café e o chocolate.

O “erro de Debret”

Alunos do CEFET-MG descobriram, um erro na mecânica das engrenagens da moenda desenhada por Debret. De acordo com o movimento rotativo da moenda, causado por dois escravos, o terceiro que vemos manuseando a cana-de-açúcar deveria estar recebendo a cana com a mão esquerda e enviando com a mão direita, o contrário do que acontece na gravura. É impossível introduzir a cana entre os cilindros de moagem de forma como fazem os escravos da pintura.

Os alunos construíram um modelo em escala menor e comprovaram o que ficou conhecido como “erro de Debret”.

Para baixar atividades sobre esse tema no site STUD HISTÓRIA, clique no botão abaixo e faça um pedido na loja. Material gratuito.

Acessar

 

Fonte

  • DEBRET, Jean-Baptiste. Viagem pitoresca e histórica ao Brasil, 1816-1831. São Paulo: Melhoramentos, 1971.
  • BANDEIRA, Julio & LAGO, Pedro Corrêa do. Debret e o Brasil. Obra completa. Rio de Janeiro: Capivara, 2008.
  • BRAGA, Isabel M. R. M. Drumond. Alimentação e culinária. In: VAINFAS, Ronaldo & NEVES, Lúcia Bastos Pereira das. Dicionário do Brasil Joanino (1808-1821). Rio de Janeiro: Objetiva, 2008.
  • CARNEIRO, Henrique. Comida e sociedade: uma história da alimentação. São Paulo: Campus, 2003.
  • SCHWARTZ, Stuart B. Doce lucro. Revista de História.com.br, 1º julho 2013. Disponível aqui.
  • TRINDADE, Jaelson Bitran. O fantasma de Debret. Revista de História, 07/01/2008. Disponível aqui.

Outros temas da série “Desenhos para colorir”

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