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D. João assina o decreto de criação da Real Biblioteca

29 de outubro de 1810

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Em 29 de outubro de 1810, o Príncipe Regente D. João, assinou o decreto de criação da Real Biblioteca, hoje Biblioteca Nacional do Brasil, no Rio de Janeiro. Com a transferência da corte portuguesa para o Brasil, em 1808, veio também o acervo da biblioteca real, cerca de 60 mil peças, entre livros, manuscritos, mapas, estampas, moedas e medalhas. Inicialmente, ele foi acomodado no andar superior do Hospital da Ordem Terceira do Carmo, na Rua Direita, hoje Rua Primeiro de Março.

Posteriormente foi transferido para o lugar que havia servido de catacumbas aos religiosos do Carmo.

Em 1812, foi impresso o primeiro livro nas oficinas da imprensa régia: “Marília de Dirceu” escrito pelo poeta luso-brasileiro Tomás António Gonzaga, que ainda passou pelo crivo da censura real.

Quando a família real regressou para Portugal, em 1821, D. João VI levou grande parte dos manuscritos do acervo. Com a independência, a Biblioteca passou a ser propriedade do Império do Brasil. Em 1858, foi transferida para outro endereço.

Nos anos seguintes a biblioteca recebeu a doação de grandes espólios e adquiriu vários milhares de livros e manuscritos. “A Real Biblioteca ia se impondo no cotidiano local. E o crescimento foi tal que, em 1818, D. João VI ordenou que fosse remetido à Biblioteca Pública de Salvador um exemplar de cada obra em duplicata na Real Biblioteca, desde que não constasse do catálogo daquela biblioteca” (COSTA et al., 2002).

No ano da independência do Brasil (1822), “por determinação do governo imperial, a Biblioteca passou a receber um exemplar de todas as obras, folhas periódicas e volantes impressos na Tipografia Nacional, fato precursor do que hoje é a Lei do Depósito legal”.

Nesse mesmo ano, o “padre Joaquim Dâmaso, primeiro prefeito da Real Biblioteca, volta a Portugal por não concordar com a independência, e leva consigo mais de cinco mil códices dos cerca de seis mil que vieram com a Família Real”. O regresso destes exemplares a Portugal não retiram importância à instituição que passou a chamar-se Biblioteca Imperial e Pública.

A independência do Brasil envolveu um complexo processo de negociações e, em 1825, no acerto geral das contas entre Portugal e a sua antiga colônia, o império brasileiro pagou “800 contos de réis, quantia, então, considerada exorbitante” pela biblioteca. “A compra foi regulamentada pela Convenção Adicional ao Tratado de Paz e Amizade, celebrado entre o Brasil e Portugal, em 29 de agosto”, lê-se no site da instituição.

O crescimento constante e permanente do acervo exigiu nova mudança. Em 1905, durante o governo de Rodrigues Alves, foi construído seu atual prédio inaugurado em 29 de outubro de 1910. Em estilo eclético que mistura neoclássico e art nouveau, a Biblioteca Nacional está localizada na Av. Rio Branco 219, praça da Cinelândia, no Rio de Janeiro. Compõe com o Museu Nacional de Belas Artes e o Teatro Municipal um conjunto arquitetônico e cultural de valor inestimável.

Em 2006 foi criada a Biblioteca Nacional Digital concebida de forma ampla como um ambiente no qual estão integradas todas as coleções digitalizadas colocando a Fundação Biblioteca Nacional entre um dos maiores e mais organizados acervos virtuais do mundo.

A Biblioteca Nacional é considerada pela UNESCO como a maior biblioteca da América Latina e a sétima maior biblioteca nacional do mundo.

Interior da Biblioteca Nacional, centro do Rio de Janeiro.

A imensa clarabóia de vitral ilumina com luz natural o interior da Biblioteca Nacional.

Majestosa escadaria da Biblioteca Nacional.

Fonte

  • COSTA, Angela Marques da; AZEVEDO, Paulo César de; SCHWARCZ, Lília. A longa viagem da biblioteca dos reis – do terremoto de Lisboa à independência do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 2002.
  • Biblioteca Nacional (site oficial).

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