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Inaugurado o Bondinho do Pão de Açúcar

27 de outubro de 1912

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Em 27 de outubro de 1912, era inaugurado o primeiro trecho do Bondinho do Pão de Açúcar, entre a Praia Vermelha e o Morro da Urca. O teleférico tinha, então, 528 metros de extensão e 220 metros de altura. Três meses depois, em 18/01/1913, começou a funcionar o trecho seguinte, do Morro da Urca ao topo do Pão de Açúcar, a 396 metros de altura. A construção envolveu mais de 400 pessoas além de uma equipe de alpinistas especialmente treinados, que levavam as peças nas costas, em escaladas perigosas a quase 400 metros do chão.

O projeto do bondinho

A ideia de construir um “caminho aéreo” surgiu em 1908, nas festas de comemoração dos 100 anos de abertura dos portos por D. João VI. O engenheiro brasileiro Augusto Ferreira Ramos que, então, participava das obras de construção dos pavilhões da exposição, teve a visão inovadora de projetar uma linha teleférica que conectasse os Morros da Urca, Babilônia e Pão de Açúcar.

Na época, só existiam dois teleféricos no mundo: o do Monte Ulia, na Espanha, com extensão de 280 metros, e o de Wetterhorn, na Suíça, com 560 metros. A extensão total do bondinho do Pão de Açúcar era muito maior, um projeto ousado demais para a época.

Bondinho do Pão de Açúcar, Rio de Janeiro, 2017, foto de Diego_Baravelli

A construção do Bondinho

Em 1909, a obra foi autorizada e Augusto Ferreira Ramos buscou parceiros para levantar o capital inicial do investimento e fundou a Companhia Caminho Aéreo Pão de Açúcar.

A obra teve operários brasileiros e portugueses com equipamentos e materiais importados da empresa alemã J. Pohlig. Inicialmente, uma equipe de mais de 100 operários-alpinistas escalaram o morro para levar as cordas e as peças de um guincho manual desmontável – ao todo, 4 toneladas de equipamentos. Os ganchos fincados pelo caminho para ajudar na subida ainda estão lá. Outra equipe seguiu pela floresta até a base do morro, arrastando um cabo de aço.

Uma vez no alto, os alpinistas montaram o guincho e, com uma corda, puxaram a ponta do pesado cabo de aço na base do morro. Estava pronto um elevador de carga que serviria para carregar todas as outras peças para a montagem da estação. Além das dificuldades da escalada, a equipe de trabalhadores teve que lidar com as incertezas do clima, com dias quentes e tempestades inesperadas.

Foram necessários mais de 400 operários-escaladores, cada um subindo com algumas peças para os topos dos morros da Urca e do Pão de Açúcar para que fossem montadas. Um guincho auxiliou na subida dos cabos de aço. O projeto do Bondinho não apenas significou um avanço tecnológico, mas um desafio monumental de engenharia e determinação.

Obras de construção do bondinho do Pão de Açúcar, foto de Therezio Mascarenhas, 1910, coleção Instituto Moreira Salles.

A inauguração do Bondinho

A primeira viagem aconteceu em 27 de outubro de 1912, no trecho entre a Praia Vermelha e o morro da Urca. Em uma celebração grandiosa, com figuras importantes da sociedade carioca, registros históricos, indicam que 577 pessoas viajaram na inauguração e o valor era de dois mil réis nos primeiros passeios. Foram muitas viagens pois o bondinho era pequeno e transportava somente 22 pessoas por viagem.

A linha inicial (Praia Vermelha /Morro da Urca) tem 528 metros de extensão. A segunda linha (Morro da Urca/ Pão de Açúcar) possui extensão de 750 metros. Havia o projeto de uma terceira linha conectando os morros da Urca e Babilônia,  no Leme, mas foi descartado por cruzar uma área considerada de segurança nacional e também protegida pelo patrimônio histórico.

Duplicação da linha

Em 1969 a duplicação da linha foi autorizada, e depois de algumas reformas, mais quatro bondinhos foram inaugurados em 1972 com capacidade para 75 pessoas cada um. O bondinho logo se tornou uma atração imperdível, oferecendo vistas panorâmicas da cidade e da baía de Guanabara. Essas imagens até hoje encantam turistas do Brasil e de outros países.

Personalidades ilustres viajaram no Bondinho como Albert Einstein, John Kennedy e Walt Disney.

Em 1979, o Bondinho foi cenário do filme “007 Contra o Foguete da Morte” com o agente secreto britânico (Roger Moore) lutando contra o vilão Jaws (Richard Kiel) no teto do bondinho. Ainda em 1979, o equilibrista Steven McPeak caminhou sobre o cabo de aço, no trecho mais alto do percurso do bondinho.

Cena do filme “007 Contra o Foguete da Morte”.

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