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Falando em pirâmides (parte 1): África, Oriente, Oceania e Europa

7 de junho de 2021

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BNCC

A forma piramidal fascina o homem desde tempos remotos a tal ponto que se criou termo piramidologia para referir-se ao conjunto de crenças pseudocientíficas que dotam as pirâmides e, por extensão, a forma piramidal, de poderes místicos ou sobrenaturais.

Talvez por ser a forma de construção mais antiga e geométrica, as pirâmides egípcias têm gozado de maior popularidade simbólica, especialmente a pirâmide de Queóps que sem dúvida devia causar forte sensação com seus 146 metros de altura revestida com pedra polida e coroada com placas de ouro brilhando na planície desértica.

O Egito Antigo não foi, contudo, a única civilização a construir pirâmides. Há centenas delas espalhadas pelo planeta. Em diferentes estilos, tamanhos e funções, encontram-se pirâmides no Oriente Médio, África, Ásia, América, Europa e no Pacífico Sul.

  • BNCC: 6° ano – Habilidade: EF06HI07

O Egito Antigo não foi a única civilização a construir pirâmides. Essa imagem está disponível em alta resolução para download na seção “Infográficos” desse site.

Há pirâmides de alturas que variam de 9 metros a mais de 100 metros, e comprimentos de 30 metros a 975 metros. Algumas tem câmaras internas, outras são sólidas. A parte exterior pode ter paredes lisas ou ser construída em forma escalonada. Podem terminar em um vértice ou serem encimadas por um pequeno templo. Há pirâmides muito decoradas com pinturas e relevos. As bases têm formatos variados: quadradas, elípticas ou circulares. O material de construção também é variado: pedra, tijolos de barro ou adobe.

Neste artigo, apresentamos as pirâmides do Oriente Médio, da África, do Extremo Oriente, Oceania e Europa. As pirâmides da América estão na segunda parte desse artigo, que você pode acessar aqui.

CONTEÚDO

  • 20 pirâmides em todo mundo. Para baixar esse infográfico, busque na seção de infográficos do site.

    Pirâmides do Oriente Médio

    É na antiga Mesopotâmia (atual Iraque), no Oriente Médio, que se conhecem as mais antigas estruturas em forma piramidal. Os templos mesopotâmicos, chamados zigurates, eram pirâmides truncadas.

    Os zigurates eram construções maciças feitas de tijolos, com a base quadrada, retangular ou oval sobre a qual erguiam-se plataformas, cada uma delas com área menor do que a plataforma inferior. Isso dava, ao zigurate, a aparência de uma pirâmide com degraus. Monumentais escadas davam acesso ao topo onde ficava o santuário da divindade.

    Um fato curioso, a bíblica Torre de Babel teria sido um zigurate construído na Babilônia no terceiro milênio a.C.

    O zigurate mesopotâmico influenciou a arquitetura religiosa de povos vizinhos. Daí encontrar-se esse tipo de estrutura em outros locais. Seguem, abaixo, três exemplos de zigurates.

    1. Zigurate de Tepe Sialk, em Kashan, Irã, 3000 a.C.

    Zigurate de Tepe Sialk, em Kashan, Irã, 3000 a.C. Zigurate de Tepe Sialk.

    Zigurate de Tepe Sialk, em Kashan, Irã, 3000 a.C. (reconstituição artística). Foi construído próximo a grandes fontes de águas cristalinas que funcionam ainda hoje.

    O Irã é o berço de uma das mais antigas grandes civilizações do mundo, com assentamentos históricos e urbanos que datam de 7000 a.C. Na região central do Irã, encontram-se as ruínas do zigurate de Tepe Sialk, datado de 3000 a.C. construído pela cultura Zayandeh, nome do rio às margens do qual teria surgido.

    Sialk foi construído por volta de 3000 a.C. o que o torna o mais antigo zigurate conhecido do mundo. Mas pouco resta dele, como muitas outras ruínas antigas do Irã. Acredita-se que Sialk e toda a área ao seu redor tenham se originado como resultado das grandes fontes de água cristalinas próximas que ainda hoje funcionam.

    As escavações nas duas necrópoles de Sialk revelaram diversos artefatos como cerâmicas decoradas com figuras de cabras e leopardos, armas de bronze, objetos de ferro, joias e tabletes de argila com escrita cuneiforme proto-elamita. Ali foi encontrada a evidência mais antiga de metalurgia de prata no mundo.

    Os ocupantes de Sialk são geralmente vistos como iranianos, ancestrais dos medos e persas, que chegaram ao oeste do Irã vindos da Ásia Central entre o final do 7º milênio e o 4º milênio. Os arqueólogos especulam que a cultura Zayandeh tenha se desenvolvido ao mesmo tempo que a civilização sumeriana, no Iraque, e as civilizações do Vale do Indo, no Paquistão atual.

    Cerâmica decorada com cabras da montanha (à esquerda) e fragmento de cerâmica com figura humana e burro (à direita). Peças encontradas em Tepe Sialk, c. 3.800 a.C.

    Vaso de bico longo, 1050-600 a.C. (à esquerda); cerâmica decorada com cabra da montanha, 3800 a.C., 53 cm. Peças encontradas em Tepe Sialk.

    2. Grande Zigurate de Ur, Iraque, 2100 a.C.

    zigurate Ur Iraque

    Zigurate de Ur, Iraque, 2100 a.C. Dedicado à deusa da Lua, Nanna, suas ruínas abrangem uma imensa área e se elevam a 20 metros acima do nível atual da planície local. No local foram encontrados grande quantidade de objetos sumerianos.

    Ur foi uma cidade sumeriana, no sul da Mespotâmia, região do atual Iraque. Cidade citada na Bíblia de onde teria saído o patriarca Abraão conduzindo seu povo para Canaã. Cidade associada, também, a Gilgamesh, o primeiro herói semidivino conhecido por meio de um poema escrito.

    Ur foi uma cidade portuária, construída num ponto crucial onde os rios Tigre e Eufrates se juntam e correm para o golfo Pérsico. Essa localização tornou Ur um importante centro comercial. Já era uma cidade estabelecida por volta de 3.800 a.C. e foi continuamente habitada até 450 a.C.

    O zigurate foi construído por Ur-Nammu, fundador da terceira dinastia de Ur, e por isso é também conhecido pelo nome de seu criador. Era uma gigantesca pirâmide em degraus que poderia ter medido 62,5 metros de comprimento, 43 metros de largura e 21 metros de altura. Além de templo do deus lunar Sin ou Nana, padroeiro de Ur, o zigurate era parte de um complexo de templos que servia de centro administrativo da cidade.

    3. Zigurate de Choga Zanbil, Irã, 1250 a.C.

    zigurate Chogha Zanbil em Khuzestan,

    Zigurate de Choga Zanbil, em Khuzestan, Irã, 1250 a.C. É um dos mais preservados zigurates do mundo. Erguido na capital religiosa do reino elamita, o zigurate era o principal templo da cidade.

    Choga Zanbil  foi a capital religiosa de Elam, antiga civilização pré-iraniana que se desenvolveu no extremo oeste do atual Irã. Susa era a capital política do reino elamita. O zigurate de Choga Zanbil  fazia parte de um complexo de edifícios com dezenas de templos, palácios reais, palácio funerário e tumbas.

    As ruínas do zigurate tem 25 metros de altura, mas calcula-se que originalmente atingisse 50 a 53 metros de altura, com cinco níveis tendo no topo um templo. Tem um comprimento lateral de 105 metros.  Foi construído com tijolos de barro e revestido com tijolos cozidos, esmaltados, gesso e ornamentos de faiança e vidro. Enormes estátuas de touros e grifos alados guardavam as entradas do zigurate. O acesso não era feito por escadas externas, como na Mesopotâmia, mas por escadas internas.

    Como o lugar não possuía fonte de água adequada, o rei mandou escavar um grande canal que trazia água de um rio a quilômetros de distância. Parte desse canal ainda hoje é utilizado pela população local.

    O zigurate de Choga Zanbil é considerad, pela UNESCO, a estrutura piramidal escalonada mais bem preservada. Em  1979, Choga Zanbil  foi primeiro sítio arqueológico inscrito na Lista do Patrimônio Mundial da UNESCO.

    Pirâmides da África

    As pirâmides africanas, erguidas pelos antigos egípcios e pelos núbios (ou cuxitas), são consideradas pirâmides “verdadeiras” por terem base quadrada e vértice. Elas, contudo, não foram obra do acaso. Ao contrário, os construtores enfrentaram dificuldades para chegar à forma que vemos hoje. Foram necessários muitos cálculos, experimentos com erros e acertos para chegar a um resultado satisfatório que não provocasse desmoronamentos.

    Além disso, extrair o bloco da pedreira, fazer o corte certo e seu polimento para uma obra daquelas dimensões não foi uma tarefa fácil. Inicialmente, os blocos tinham apenas 20 cm de altura mas, conforme os construtores melhoravam suas técnicas, eles conseguiam fazer blocos maiores que chegaram a 50 cm de altura e um peso máximo de 500 kg.

    As ferramentas utilizadas eram feitas de madeira, pedra e cobre. A metalurgia do ferro demorou a chegar no Egito. O arquiteto responsável pela pirâmide mais antiga do Egito, deixou seu nome gravado na obra: Imnhotep.

    4. Pirâmide de Djoser, Egito, 2650 a.C.

    Pirâmide de Djoser, Egito

    Pirâmide de Djoser, em Mênfis, Egito, 2610 a.C. Obra do arquiteto Imnhotep para o faraó Djoser.

    A pirâmide de Djoser foi a primeira feita com blocos de pedra e a que inaugurou a era das pirâmides no Egito Antigo. Foi construída na necrópole de Sacara e sabemos o nome do arquiteto responsável: Imnhotep.

    Até então, os túmulos dos faraós eram as mastabas feitas de tijolos, formando um maciço retangular de paredes inclinadas. O faraó Djoser (2630-2611 a.C.) encomendou a Imnhotep uma construção monumental: seis mastabas, colocadas uma sobre a outra, de dimensões gradualmente menores.

    O resultado final foi uma pirâmide escalonada com seis camadas erguidas sobre uma base retangular de 121 metros x 109 metros, atingindo a altura original de 63 metros (hoje 60 metros). Pelo seu formato, a pirâmide de Djoser é também conhecida como Pirâmide de Degraus.

    5. Pirâmide Curvada, em Dahshur, Egito, 2650 a.C.

    Pirâmide Curvada, Dahshur, Egito, 2600 a.C.

    Pirâmide Curvada, Dahshur, Egito, 2600 a.C. Construída pelo faraó Snefru (IV Dinastia, 2630 ou 2613 a.C. a 2609 ou 2589), teria sido erguida às pressas, o que justifica seu formato torto.

    Durante sua construção, a pirâmide do faraó Snefru (IV Dinastia, 2630 ou 2613 a.C. a 2609 ou 2589), começou a apresentar problemas. O local escolhido não suportou o peso das pedras e ocorreu afundamentos e rachaduras na alvenaria da pirâmide o que obrigou seu arquiteto a reforçar as paredes. O resultado final foi uma pirâmide com um estranho formato arredondado, o que a tornou conhecida como pirâmide romboidal ou curvada.

    É a quarta maior pirâmide do Egito e uma das mais bem conservadas, tendo o revestimento externo amplamente preservado. Mede 189,4 metros de base,  com altura original de 104,7 metros e hoje de 101 metros.

    Esta pirâmide provavelmente não foi usada para sepultamento, servindo apenas como local de culto, já que outra pirâmide real foi construída como uma tumba para Snefru.

    6. Pirâmide Vermelha, em Dahshur, Egito, 2600 a.C.

    Pirâmide Vermelha, Egito

    Pirâmide Vermelha, Dahshur, Egito, 2600 a.C. Construída pelo faraó Snefru (IV Dinastia), é considerada a primeira pirâmide “verdadeira”. Tem 105 metros de altura e base com 220 metros de cada lado.

    Insatisfeito com a pirâmide curvada, o faraó Snefru mandou erguer outra pirâmide um quilômetro ao norte. Chamada de Pirâmide Vermelha pela cor avermelhada do granito, ela levou dezessete anos para ser construída. Acredita-se que quando foi terminada, era a maior estrutura criada pelo ser humano no mundo. Foi, também, a primeira pirâmide “verdadeira” com lados lisos (o revestimento exterior em calcário polido praticamente desapareceu, restando uns poucos na base da pirâmide).

    Ela foi construída com inclinação de 43°, o que lhe dá uma aparência visivelmente mais baixa do que a das outras pirâmides egípcias de escala comparável (as pirâmides seguintes tiveram uma inclinação maior). Mede 220 metros de base,  com altura original de 105 metros e hoje de 100 metros.

    A Pirâmide Vermelha significou a consolidação das técnicas de construção de pirâmides da 4ª dinastia. Os problemas que surgiram foram dominados abrindo caminho para a construção da Grande Pirâmide de Queóps.

    7. Pirâmide de Queóps (ou Khufu), em Gizé, Egito, 2560 a.C.

    Pirâmide de Queóps,Egito

    Pirâmide de Queóps (ou Khufu), em Gizé, Egito, 2560 a.C. A maior das pirâmides egípcias, com 146 metros de altura. Originalmente estava revestida com pedra polida que formava uma superfície externa lisa.

    Queóps ou Khufu, (IV Dinastia, 2551 a 2528 a.C.) era filho de Snefru e, diferente de seu pai, não escolheu a necrópole real de Dahshur, mas o planalto de Gizé para erguer a sua pirâmide. É a maior das pirâmides egípcias, com  inclinação de 51°, base de 230 metros de cada lado, altura original de 146,5 metros, hoje 138 metros.

    Erguida com 2,3 milhões de blocos de pedra era revestida de calcáreo branco altamente polido que brilhava sob a luz do Sol. O calcáreo para revestimento externo veio das pedreiras de Tora, nas Colinas Mokattam, próximo a Gizé. Praticamente todo revestimento externo foi extraído ao longo do tempo para ser reutilizado na contrução de edifícios no Cairo. Com isso, a parte externa ficou em forma de degrau.

    O interior da pirâmide de Queóps possui passagens que levam a três câmaras, uma das quais deve ter abrigado o sarcófago do faraó.

    pirâmide de Queóps.

    Interior da pirâmide de Queóps.

    No vale de Gizé, há ainda as pirâmides dos faraós Quéfrem e Miquerinos, de dimensões pouco menores. Após eles, a construção de pirâmides foi sendo abandonada. A partir de 2400 a.C., os faraós optaram por outro tipo de túmulo, escavado na rocha do Vale dos Reis, ao sul do delta do Nilo.

    8. Pirâmides de Kush, Sudão, c. 700 a.C.

    Pirâmides de Méroe, arqueologia do Sudão

    Pirâmides dos reis kushitas em el-Kurru, Sudão, 700 a.C.

    O sul do Egito, no território do atual Sudão, era ocupado pelos núbios que fundaram o reino de Kush ou Cuxe. Eles desenvolveram uma brilhante civilização que manteve um ativo comércio com o Egito, para onde os núbios enviavam ouro, marfim, ébano e escravos. Por volta de 1150 a.C., a Núbia caiu sob domínio egípcio. Em 750 a.C., a relação se inverteu: faraós núbios governaram o Egito, período conhecido como “dinastia dos faraós negros” (25ª dinastia, de 750 a 660 a.C.).

    Sob a influência da cultura egípcia, os kushitas adotaram os cultos a Ísis, Osíris e Amon, ergueram pirâmides, templos e fortificações e adotaram a escrita hieroglífica. As pirâmides do cemitério de al-Kurru, no atual Sudão, serviam de tumbas aos reis cuxitas, entre eles Piye (747-716 a.C.)

    As pirâmides kuschitas são menores do que as egípcias. As dimensões das pirâmides mudou ao longo do tempo. As mais antigas tem, do século VIII a.C., tem base de cerca de 30-27 metros de lado e altura de  até 30 metros; no século III a.C., diminuiu para 18 metros de lado; em 50 d.C. os lados têm apenas 6, 6 metros de comprimento. Durante esse tempo, a construção de pirâmides perdeu sua importância. Sua inclinação pode chegar a 70°, o que torna as pirâmides kushitas mais íngremes do que as egípcias.

    Elas eram erguidas sobre a sepultura do faraó. A múmia era enterrada abaixo da pirâmide e não dentro dela como faziam os egípcios. Em frente da pirâmide, há um pequeno templo mortuário. Os reis de Kush tiveram seus cavalos enterrados com eles na necrópole.

    As pirâmides dos reis kushitas no cemitério de el-Kurru foram incluídas na lista de patrimônio cultural mundial pela UNESCO, em 2003,  juntamente com outros edifícios nas cidades históricas de Napata e Méroe.

    • DUNHAM, Dows. The Royal Cemeteries of Kush. El Kurru. Boston, Massachusetts, 1950.

    9. Pirâmides de Jebel Barkal, Sudão, 250 a.C.

    Jebel-Barkal-Sudan em Karima.

    Pirâmides de Jebel Barkal, em Karima, Sudão, 300 a.C. O conjunto de pirâmides é um dos mais bem preservados do Sudão e testemunha a riqueza do reino cuxita.

    Jebel Barkal, às margens do rio Nilo, é o nome árabe moderno de uma pequena montanha de 98 metros de altura. Foi capital do reino Núbio até ela ser transferida para Méroe, por volta de 300 a.C.

    Aos pés da montanha de Jebel Barkal estão 25 edifícios impostantes: templos, palácios, capelas e o cemitério que pertencia à cidade núbia de Napata. Apenas 11 estruturas foram escavadas. Os templos maiores, como o de Amon, são ainda hoje considerado sagrado para a população local.

    O conjunto de pirâmides é um dos mais bem preservados do Sudão e testemunha a riqueza do reino cuxita. No entanto, somente uma pirâmide de Jebel Barkal tem nome conhecido, a da rainha Navidemak, governante do século I a.C. Em todas as demais, nenhum nome foi encontrado.

    Pirâmides do Extremo Oriente

    Há quem diga que a China tem mais pirâmides do que o Egito e, ainda,  tão ou mais antigas. Só nas montanhas Qin Ling Shan, cerca de 100 km a sudoeste da cidade de Xian, na província de Shaanxi, calcula-se cerca de 100 pirâmides. Como estão localizadas em uma área reservada ao programa espacial, o acesso é proibido pelo governo chinês. Daí que as evidências arqueológicas da existência da pirâmide não estão disponíveis.

    As pirâmides chinesas são antigos mausoléus em forma piramidal construídos para abrigar os restos dos primeiros imperadores da China e seus parentes imperiais. Cerca de 38 deles estão localizados ao noroeste de Xian.

    Xian ou Xi’an, China

    Xian ou Xi’an, a área da China onde se encontra a maioria das pirâmides do país.

    10. Mausoléu de Shi-Huangdi, em Xian, China, 210 a.C.

    Mausoleu Qin Shi, Xian, China

    Mausoléu de Shi-Huangdi, dinastia Qin, em Xian, ainda não escavado. Abaixo, ilustração imaginária do mausoléu.

    Ilustração imaginária do mausoléu de Shi-Huangdi, em Xian. Fonte: China.org.cn

    O mausoleu de Qin Shi foi construído para servir de sepultura a Shi-Huangdi (221-216 a.C.), da dinastia Qin, o primeiro imperador da China unificada. É uma construção fabulosa que, segundo um escritor contemporâneo, ocupou 700 mil trabalhadores. Hoje, os especialistas fazem uma estimativa mais modesta, cerca de 16 mil homens levaram dois anos para construir o mausoléu.

    A pirâmide de Shi-Huangdi nunca foi escavada devido a limitações tecnológicas. Ela se mantém coberta por camadas de terra e vegetação o que lhe dá a aparência de um monte. Os arqueólogos estimam que ela tinha uma altura original de 115 metros, reduzidos para 76 metros devido ao processo de intemperismo. Contém um vasto palácio subterrâneo de pirâmide invertida do mesmo tamanho da pirâmide acima do solo. A construção da pirâmide começou em 246 a.C. quando Shi-Huangdi tinha 13 anos e continuou por 36 anos após a sua morte.

    Para proteger o imperador por toda eternidade foi esculpido um exército de terracota em tamanho natural, com cerca de 6 mil soldados, colocados em formação militar e portando armas verdadeiras: espadas, lanças e bestas. Cavalos com seus arreios e selas completavam o exército.

    Shi-Huangdi mandou construir a Grande Muralha, aproveitando fortificações anteriores que foram unidas para formar uma gigantesca defesa contra as invasões de tribos nômades do norte e noroeste.

    • The secret tomb of the first chinese Emperor remains na unopened treasure. Ancient Origins. 25 maio 2018.
      MOSKOWITZ, Clara. The secret tomb of China’s frist Emperor: will we ever see inside? LiveSciece, 2012.

    11. Grande Pirâmide Branca, Shannxi, China

    Grande Pirâmide Branca, da China. Foto de 1945, atribuída a James Gaussman, piloto da Força Aérea dos Estados Unidos.

    A Pirâmide Branca teria sido vista pelo piloto americano James Gaussman, em 1945, durante um voo de reconhecimento nas montanhas Qin Ling Shan, a sudoeste de Xi’an. Em 1947, o coronel Maurice Sheehan viu uma pirâmide de um avião; seu relatório foi publicado no The New York Times, em 28 de março de 1947. As especulações sobre a Pirâmide Branca levaram muitos a  afirmarem que ela tinha 300 metros de altura, tinha um enorme diamante no topo e foi construída por alienígenas.

    Sabe-se hoje que é a tumba o túmulo do imperador Wu (156-87 a.C.), da dinastia Han, que sucedeu Shi Huangdi. O imperador Wu é considerado um dos mais importantes da historia chinesa. A conhecida Rota da Seda foi desenvolvida em seu reinado, depois que ele enviou Zhang Qian às regiões ocidentais para conectar o império chinês a esses países.

    A pirâmide truncada do imperador Wu tem 240 metros de lado e 47 metros de altura. Foi construída com barro (taipa de pilão). Está localizada em Xingping, na província de Shaanxi.

    A construção da tumba começou em 139 a.C. e levou 53 anos até a levou 53 anos até a conclusão após a morte do imperador. Cerca de um terço da receita anual de impostos e tributos foi usado para a construção da tumba. Durante a construção foi criada a cidade de Maoling que hoje dá nome ao complexo funerário constituído por mais de 20 tumbas além da do imperador Wu e que pertencem a membros da corte imperial como Lady Li, a concubina favorita do imperador e o estrategista militar Huo Quibing. O Museu de Maoling exibe 4.100 objetos e 14 relíquias históricas escavadas na tumba de Wu.

    12. Tumba do General, em Ji’an, China, 300 d.C.

    general jian China, 300 d.C.

    Tumba do General, em Ji’an, China, 300 d.C.

    A Tumba do General ou Pirâmide Oriental, localizada em Ji’an, na província chinesa de Jilin, é uma estrutura piramidal com 7 plataformas construídas de pedra. Tem 13 metros de altura e base de 75 metros de cada lado. Foram encontrados dois sarcófagos de pedra na câmara funerária. Acredita-se ter pertencido ao rei coreano Gwanggaeto ou seu filho Jangsu, época áurea do reino Goguryeo, um dos antigos Três Reinos da Coréia.

    Tumba do General ou Pirâmide Oriental, em Ji’an, China, 300 d.C. Localizada em território chinês, a tumba diz respeito à antiga civilização coreana, durante o reino de Goguryeo, entre 37 a.C. e 668 d.C.

    13. Tumbas de Xia Ocidental, em Ningxia Hui, China, 1048 d.C.

    Tumba número 3 da dinastia Xia Ocidental, em Ningxia Hui, China, pertencente ao imperador Jingzong que reinou de 1038 a 1048.

    Reconstituição do mausoléu do imperador Jingzong, tendo, ao fundo, a estrutura piramidal da torre conforme seu aspecto original. Museu de Xixia, China.

    A dinastia Xia governou a China entre os séculos XI e XIII até cair sob domínio de Gengis Khan. As sepulturas de seus imperadores estão espalhadas em uma área de 50 km2, na região autônoma de Ningxia Hui, a noroeste da China.  Ali se encontram nove mausoléus imperiais e 250 tumbas de parentes e funcionários reais.

    O mausoléu do primeiro imperador funde a estrutura piramidal com a arquitetura tradicional do templo budista. O que restou hoje é apenas o núcleo da torre construída de barro socado (técnica da taipa de pilão). Pode-se ver os buracos onde foram fixadas as vigas de madeira durante a construção. Originalmente estava revestido com tijolos e beirais de azulejos  em cada nível, formando um edifício semelhante a um pagode de base larga. A estutura é sólida e não abrigava a tumba; a câmara mortuária fica no subsolo.

    Referência

    14. Templo de Borobudur, em Java, Indonésia, 800 d.C.

    Templo de Borobudur

    Templo de Borobudur, em Java, Indonésia, 800 d.C.  A construção foi expandida ao longo do tempo chegando a ocupar 260 mil metros quadrados.

    Construído originalmente como um templo hindu, Borobudur tornou-se um grandioso monumento budista, o maior do mundo. Seu formato piramidal é dado pelas seis plataformas quadradas sobre as quais estão outras três circulares totalizando nove andares. A base quadrada tem 123 metros de lado e altura de 35 metros. O conjunto está decorado com 504 estátuas de Buda, 72 delas cercando a cúpula principal, no centro da parte superior.

    Com a chegada do islamismo à ilha de Java, no século XIV, Borobudur foi abandonado mas escapou de ser destruído. Coberto por areia e argila, sobre ele cresceu a vegetação e grandes árvores que esconderam e protegeram o monumento.

    Redescoberto no século XIX, Borobudur foi reconstruído a partir de 1973, sob patrocínio da Unesco, sendo totalmente “desmontado”, cada pedra foi marcada, tratada e limpada quimicamente, e novamente recolocada. A reforma custou 25 milhões de dólares e durou cerca de uma década.

    15. Templo Prang, em Koh Ker, Cambodja, 940 d.C.

    Templo Prang,Cambodja

    Templo Prang, em Koh Ker, Cambodja, 940 d.C., construído para adorar Shiva, deus hinduísta.

    Koh Ker é o nome moderno de uma cidade importante do império Khmer que, em seu apogeu entre os séculos IX e XII, dominou a maior parte da Indochina. A cidade é mencionada nas antigas inscrições como Lingapura (cidade de lingams, símbolo para falo ) ou Chok Garagyar. Até o momento, mais de 180 monumentos foram descobertos em uma área de 81 km 2 . A maioria deles está escondida na floresta, que parcialmente ainda está fortemente minerada.

    O templo Prang, um dos muitos existentes em Koh Ker, é uma pirâmide escalonada, com sete plataformas, base quadrada de 62 metros de lado e altura de 36 metros. Originalmente, havia um santuário na plataforma superior do monumento, que abrigava um enorme lingam (símbolo de o deus do estado Shiva). É muito parecida com as pirâmides mesoamericanas, como a de Teotihuacán e Chichén Itzá, no México (números 22 e 27 nesse artigo).

    Foi construída pelo império Khmer para servir de templo a Shiva, deus hinduísta. Uma escada íngreme leva até o topo onde ficava o santuário. Inscrições em sânscrito dizem que este foi o mais alto e o mais bonito templo de Shiva.

    Pirâmide da Oceania

    As ilhas do Pacífico começaram a ser povoadas há 60 mil anos. A população nativa desenvolveu embarcações e conhecimento náutico observando ondas, constelações e direções de ventos que permitiu atingir Nova Guiné, Nova Zelandia, ilha da Pascoa e outras ilhas.

    16. Pirâmide Morongo Uta, em Rapa Iti, Polinésia, 1450 d.C.

    MorongoUta em Rapa Iti,

    Pirâmide Morongo Uta, em Rapa Iti, Polinésia, 1450-1500 d.C.

    Rapa Iti é uma das ilhas da Polinésia Francesa. No século XIII, a ilha estava ocupada por polinésios falantes da língua Rapa. O esgotamento dos recursos naturais resultou em guerra entre os clãs que construíram fortalezas nos cumes íngremes da ilha. Morongo Uta é considerado a mais antiga das 14 fortalezas da ilha, construída nos anos 1450-1500 d. C. Tal concentração de fortalezas é única nas ilhas do Pacífico.

    Morongo Uta está localizada a 258 metros acima do nível do mar e rodeada por encosta íngremes e falésias. É uma construção maciça, formada por plataformas revestidas de pedra e com uma torre central. O local foi pesquisado pelo arqueólogo norueguês Thor Heyerdahl em 1956. Os ilhéus cavaram o topo da montanha para que se parecesse com uma pirâmide truncada. Os lados da torre triangular criada desta forma foram protegidos com paredes feitas de pedras de basalto cru. Como os ilhéus disseram a Thor Heyerdahl, a torre era a residência do chefe. Vários terraços se estendiam abaixo dela que eram usados ​​como moradia. Todo o complexo está rodeado por um extenso fosso circular que estava rodeado por paliçadas de madeira, como provam buracos de postes arqueologicamente verificáveis. Abaixo dos bairros residenciais, como degraus enormes, havia vários terraços irrigados artificialmente de vários tamanhos, que eram usados ​​para o cultivo de taro.

    Quando os primeiros europeus chegaram à ilha, em 1791, a ilha possuía cerca de 2000 pessoas distribuídas entre as fortalezas. As doenças trazidas pelos europeus reduziram a população nativa para 70 pessoas em 1851.

    Pirâmide da Europa

    Quando o Egito passou para os domínios de Roma, em 31 a.C., houve um certo modismo, entre os romanos, de tudo que fosse egípcio. O Circo Máximo, por exemplo, foi adornado pelo imperador Augusto com um obelisco egípcio, e pirâmides foram construídas em outras partes do Império Romano por volta dessa época. Dessas, somente a pirâmide de Caio Céstio sobreviveu.

    17. Pirâmide de Caio Céstio, em Roma, Itália, 12 a.C.

    Pirâmide de Gaius Celtius

    Pirâmide de Gaius Celtius, Roma. É o único monumento sobrevivente de uma série construída em Roma no século I a.C.  No século III d.C., a pirâmide foi incorporada às muralhas de Roma.

    Caio Céstio Epulião, político e membro do colégio sacerdotal romano, ordenou em seu testamento a construção de seu túmulo em formato piramidal. A estrutura foi construída de tijolos e revestidaa com lajes de mármore branco. Tem base quadrada de 29, 5 metros de lado e altura de quase 37 metros. No interior há uma câmara mortuária de 4,10 m x 5,95 m x 4,80 m (altura) onde há vestígios de afrescos.

    A forma acentuadamente pontuda da pirâmide lembra muito as pirâmides núbias (veja números 8 e 9), em particular as de Méroe, que tinha sido atacada por Roma em 23 a.C. A semelhança sugere que Céstio possivelmente serviu nessa campanha e talvez tenha tido a intenção que a pirâmide servisse como uma comemoração.

    Seja como for, após a conquista do Egito pelo imperador Augusto, a cultura e os costumes egícpios tornaram-se moda em Roma. Isso também incluiu sepultamentos em pirâmides, de modo que vários romanos construíram pequenas pirâmides como tumbas. Hoje, apenas a pirâmide de Céstio permanece dessa época.

    Conheça mais pirâmides

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