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Chegada do homem à Lua

20 de julho de 1969

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Em 20 de julho de 1969, astronautas da nave espacial Apollo 11, dos Estados Unidos, pisaram na Lua. Pela primeira vez, na História, o homem caminhou no solo lunar. Era o auge da corrida espacial entre Estados Unidos e União Soviética que colocava frente a frente duas ideologias antagônicas. A chegada do homem à Lua era parte do ambicioso Programa Apollo (1961-1972), da NASA, nascido com esse propósito.

Programa Apollo (1961-1972)

O programa espacial Apollo foi um dos mais caros e ambiciosos programas científicos já feitos, no contexto da corrida espacial e da Guerra Fria.  Incluiu dezoito missões tendo onze voos tripulados e seis deles pousaram na Lua. No total do programa, doze astronautas que caminharam no solo lunar e lá fizeram experimentos científicos.

Entre as missões do Programa Apollo está o emblemático pouso em solo lunar da Apolo 11, em 20 de julho de 1969. Era a quinta missão tripulada do programa Apollo, mas a primeira a colocar o homem na Lua.

Apollo 11

Em 16 de julho de 1969, o foguete Saturno V, número de série AS-506, decolou do Centro Espacial John F. Kennedy, na Flórida às 13h32, levando no topo dos seus 110 metros de altura o módulo lunar Eagle. Na nave estavam os astronautas Neil A. Armstrong, Michael Collins e Edwin E. “Buzz” Aldrin – os primeiros homens a caminharem na Lua.

Até hoje, o Saturno V mantém os títulos de mais alto, mais pesado, mais potente foguete já operado, além de ser o veículo com a maior e mais pesada carga útil já lançada.

Foram treze Saturnos V, lançados entre novembro de 1967 a maio de 1973 sem nenhuma perda de carga ou tripulação. Em valores de 2016 cada lançamento de Saturno V custou 1,16 bilhão de dólares.

Foguete Saturno V, lançamento da Apollo 11 em 16 de julho de 1969

Os astronautas viajaram por três dias até entrarem na órbita da Lua. Navegaram pelo espaço guiados por um computador de alguns KB de memória RAM, milhares de vezes menos potente do que um simples smartphone.

Após atingir a órbita, Armstrong e Aldrin foram transferidos para o módulo lunar Eagle enquanto Collins permaneceu no módulo de comando e serviço Columbia.

O módulo Eagle pousou na Lua em um local chamado Mare Tranquilitates (Mar da Tranquilidade). Os astronautas esperaram seis horas antes de deixarem o módulo.

Neil A. Armstrong, o primeiro astronauta a pisar no solo lunar, imortalizou o momento, na famosa frase: “Um pequeno passo para um homem, um salto gigantesco para a humanidade“. Aldrin se juntou a ele na superfície lunar quase 20 minutos depois.

Ao todo, eles ficaram pouco menos de 2h15m fora do módulo e coletaram 21,5 kg de material para trazer de volta à Terra. No dia seguinte, eles retornaram ao módulo Columbia.

Buzz Aldrin, piloto do módulo lunar Eagle, em continência à bandeira dos Estados Unidos fincada no solo lunar.

O pouso na Lua foi o primeiro evento de mídia global. A alunissagem foi transmitida ao mundo pela NASA pela televisão, em tempo real. Foi testemunhada por um quinto da população da Terra, ou cerca de 723 milhões de pessoas.

Os astronautas da Apollo 11 colocaram uma placa na Lua onde está escrito: Here men from planet Earth first set foot upon the Moon. July 1969 A.D. We came in Peace for all mankind. (“Aqui os homens do planeta Terra pisaram pela primeira vez na Lua. Julho de 1969 d.C. Viemos em paz, em nome de toda a humanidade.”)

A Apollo 11 deixou a órbita lunar abandonando o módulo Eagle antes de iniciar a trajetória de volta para a Terra. Pousou com segurança no Oceano Pacífico em 24 de julho de 1969, após oito dias no espaço.

Depois da Apolo 11

O Programa Apolo continuou até 1972. Ao todo enviou 18 homens ao espaço dos quais 12 puseram os pés na Lua e lá fizeram experimentos científicos.  Desde a última missão, a Apolo 17, em dezembro de 1972, nenhum homem voltou a pisar no solo lunar.

Devido à perda de interesse nas missões lunares, à falta de verbas e ao fato dos soviéticos já estarem derrotados na corrida espacial, foram canceladas as missões seguintes, as Apollo 18, Apolo 19 e Apolo 20.

Legado científico da ida do homem à Lua

O programa Apollo é considerado como a maior conquista tecnológica da história da humanidade. Estimulou muitas áreas  da tecnologia incluindo o desenvolvimento de ferramentas elétricas sem fio, materiais a prova de fogo, monitores cardíacos, painéis solares, imagens digitais e outros tantos equipamentos. Listamos abaixo aqueles mais presentes no nosso cotidiano:

  • Medidor de pressão arterial,
  • GPS (sistema de posicionamento global),
  • Telefonia por satélite,
  • Previsões meteorológicas mais precisas,
  • Transmissão de TV por satélite,
  • Substituição das válvulas por transístores,
  • Roupas anti chamas,
  • Sensores de incêndio,
  • Tintas e revestimentos a prova de fogo,
  • Sistema de amortecimento de tênis de corrida,
  • Filtragem e purificação de ar,
  • Óculos escuros com proteção UV,
  • Lentes de contato,
  • Alimentos desidratados e congelados,
  • Revestimento antiaderente em panelas
  • Monitores cardíacos,
  • Desfibriladores automáticos.

As 2.200 pedras (382 kg de rochas) trazidas pelas seis missões Apollo que pousaram na superfície da Lua permitiram descobrir 75 novas variedades de minerais, a maioria de silicatos.

Fake news questionam o feito da Apolo 11

Tal como acontece com muitos eventos de grande significado político, os pousos na Lua tornaram-se objeto de inúmeras teorias da conspiração. Estas afirmam que os pousos na Lua entre 1969 e 1972 não ocorreram, mas foram falsificadas pela NASA e pelo governo dos EUA.

Mesmo diante dos relatórios detalhados disponíveis no site da NASA sobre todas as missões do projeto Apolo, dos 382 quilos de rochas trazidas pelos astronautas, das milhares de pessoas envolvidas no projeto, das fotos e vídeos e outras tantas provas, ainda existe uma parcela considerável da população mundial que afirma que tudo não passou de uma grande fraude.

Entre os argumentos de que o pouso na Lua foi uma fraude estão:  as fotos de alta qualidade, a falta de estrelas no céu, as sombras observadas na imagem, as pegadas deixadas no solo lunar e a bandeira tremulante.

Em 2015, circularam na Internet gravações de vídeo de astronautas supostamente negando o pouso na Lua. Logo verificou-se que eram fragmentos retirados de uma entrevista em que eles comentavam sobre o encerramento das missões espaciais. Veja mais teorias da conspiração sobre o pouso na Lua aqui.

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