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“Engenho de Itamaracá”, de Frans Post – para analisar e colorir

28 de janeiro de 2016

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O paisagista holandês Frans Post foi o primeiro artista a registrar imagens do Brasil colonial. Suas pinturas mostram paisagens, engenhos e a escravidão do Nordeste açucareiro do século XVII. Trata-se de uma valiosa fonte histórica como se pode ver na imagem “Engenho de Itamaracá”.

Este artigo remete para atividades no Site Stud História, Veja no final.

O artista Frans Post

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Frans Post, Worcester Art Museum.

O pintor holandês Frans Post (1612-1680) veio para o Brasil, em 1637, junto com a comitiva do governador holandês, de Maurício de Nassau, à época da ocupação holandesa no Nordeste (1630-1654).

Durante os sete anos que permaneceu no Brasil, Frans Post pintou paisagens, vistas de portos, fortificações e engenhos tendo o cuidado em reproduzir detalhes da topografia, fauna e flora. Desse período colonial conhecem-se apenas os quadros: vistas de Itamaracá, de Porto Calvo, do Forte dos Reis Magos, do rio São Francisco e da ilha de Antônio Vaz.

De volta à Holanda, continuou pintando cenas brasileiras, baseando-se em esboços e desenhos. Ilustrou a obra de Gaspar Barlaeus, “História dos feitos recentemente praticados durante oito anos no Brasil” (1647), um relato do governo de Nassau na história do Brasil.

A obra de Barlaeus contém mapas e ilustrações entre o engenho de Itamaracá.

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Engenho de Itamaracá, de Frans Post para mapa de Gaspar Barlaeus, 1647.

Presença holandesa no Brasil Colonial

Desde o início do processo de colonização do Brasil, no século XVI, os holandeses estiveram envolvidos com a produção açucareira. Antes mesmo disso, uma numerosa colônia de comerciantes holandeses estava concentrada em Lisboa e havia holandeses explorando a produção canavieira na ilha da Madeira, Canárias e Açores.

No Brasil, a presença holandesa estava na instalação do engenho de São Vicente em sociedade com Martim Afonso de Sousa, em 1533. Uns dez anos depois o engenho foi adquirido pela empresa holandesa Erasmo Schetz & Filhos, de Antuérpia, passando a ser conhecido como São Jorge dos Erasmos.

Seguindo o exemplo, outros flamengos aplicaram seu capital nas plantações e nos engenhos no Nordeste, de Pernambuco à Bahia. Entre os mais conhecidos há aquele de Duarte Hoelscher, em Itaparica, e aquele de Gaspar de Mere, em Marapatagibe, perto do Cabo de Santo Agostinho, desenhado por Frans Post. O total de flamengos presentes no Brasil colonia, por volta de 1600 ultrapassou certamente a centena: havia além de senhores de engenho também comerciantes, caixeiros, marceneiros, soldados e marinheiros e até miseráveis e prostitutas. (STOLS, 1996, p. 23)

Os holandeses financiaram a montagem de engenhos, forneceram equipamentos e fizeram o transporte do açúcar para a Europa, onde era comercializado. Isso muito tempo antes das invasões holandesas.

O rompimento dos acordos comerciais entre Portugal e Holanda durante a União Ibérica (1580-1640) levou os holandeses à ocupação do Nordeste onde assumiram o controle da produção canavieira. O conde João Maurício de Nassau foi nomeado para governar os domínios holandeses no Brasil colonial e cuidar dos negócios do açúcar. Em 1637, Nassau desembarcou em Recife trazendo em sua comitiva cientistas, homens de letras e os pintores Albert Eckhout e Frans Post.

Durante o domínio holandês (1630-1654), o abastecimento de escravos para os engenhos brasileiros foi mantido graças à ocupação de pontos comerciais na África (costa da Guiné, em 1637: Angola, em 1641).

Análise da imagem “Engenho de Itamaracá”

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Moenda, detalhe de gravura de Frans Post.

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Casa-grande, detalhe de gravura de Frans Post.

A gravura de Frans Post, feita para o mapa de George Marcgraf, mostra uma fazenda de cana-de-açúcar. No centro, vê-se o engenho, propriamente dito, isto é, a moenda onde a cana era moída para extração do caldo. Uma grande roda d’água junto ao rio é a força motriz para o funcionamento da moenda.

Um escravo leva à cabeça um cesto com o bagaço da cana moída. A cana é transportada até a moenda por carros puxados por bois.

À esquerda da moenda, estão os fornos alimentados por lenha que aquecem as caldeiras que cozinham o caldo de cana até se tornar um melaço.

Ao fundo, à esquerda, está a casa-grande em cuja sacada há um homem que conversa com outro, abaixo, montado a cavalo.

À esquerda da casa-grande, uma construção baixa e longa, possivelmente a senzala; à frente da entrada, um grupo de negros que parecem cantar ou dançar; dois deles seguram instrumentos de percussão.

Em primeiro plano, um grupo chega à fazenda: um homem montado a cavalo segue à frente, atrás dele, uma escrava leva um enorme cesto à cabeça. Dois negros carregam alguém na rede, possivelmente uma mulher, protegida por uma tapeçaria com franjas.

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Escravos junto à senzala, detalhe de gravura de Frans Post.

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Transporte em carro de boi e em rede, detalhe de gravura de Frans Post.

Trabalho escolar com “Engenho de Itamaracá”, de Frans Post

A gravura “Engenho Itamaracá” permite um trabalho de leitura crítica da imagem que vai enriquecer as aulas sobre economia e sociedade do Brasil colonial.

  • Faça cópias da gravura e distribua-a aos alunos reunidos em grupo. Se possível, projete-a no Power Point.
  • Contextualize a pintura: comente a época em que foi feita e fale brevemente sobre o pintor e sua obra.
  • Junto com a turma, identifique os principais objetos da gravura: moenda, fornalha, casa-grande, carro de boi etc. Explique cada um deles ou pergunte aos alunos para que serviam.
  • Lance questões que estimulem os alunos a refinarem seu olhar na leitura da imagem. Para deixar o trabalho mais dinâmico e desafiador, escolha 1 grupo para responder e pontue o acerto. É recomendável que as respostas sejam orais. Tornar a dinâmica uma atividade escrita é cansativa e pouco estimulante para os alunos. Sugerimos as questões a seguir.

Questões para discutir em classe

  1. O que os dois homens da casa-grande poderiam estar conversando?
  2. Que risco os escravos corriam trabalhando na moenda e nos fornos?
  3. Que tipo de equipamento de segurança os trabalhadores de um engenho utilizam hoje?
  4. Quem poderia ser a pessoa que está chegando na fazenda?
  5. Por que alguns escravos estão trabalhando e outros se divertindo?

Aprofunde o trabalho com o Ensino Médio

Para as turmas do Ensino Médio, você pode avançar na dinâmica lançando questões que exijam pesquisa, mobilizem o conhecimento do estudante ou estabeleçam conexões com o tempo presente, como sugerimos a seguir.

  1. Como entender que um artista holandês tenha pintado um engenho brasileiro?
  2. Todos os trabalhadores envolvidos na produção de açúcar eram escravos?
  3. Que elementos da produção açucareira não aparecem nesta imagem?
  4. Por que se produziu tanto açúcar no Brasil?
  5. Qual a relação dos holandeses com a produção açucareira brasileira?
  6. Toda fazenda de cana-de-açúcar possuía engenho?
  7. Todas moendas eram movidas por força hidráulica?
  8. O gado era criado dentro da propriedade canavieira?
  9. Durante o domínio holandês no nordeste, quem controlava o comércio de africanos escravizados para os engenhos?
  10. Que relação existe entre invasão holandesa e o aumento da população do quilombo de Palmares?
  11. Pesquise sobre Frans Post e sua obra no site Enciclopédia Itaú Cultural (veja link abaixo).

Para ir além na pesquisa

Outras atividades com essa gravura

Reprodução de “Engenho de Itamaracá”, de Frans Post, para colorir.

Para baixar a reprodução da gravura para colorir e outras atividades, clique no botão abaixo e faça um pedido na loja do STUD HISTÓRIA.  Material gratuito.

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Fonte

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