No final da tarde de 22 de abril de 1915, durante a Primeira Guerra Mundial, os soldados franceses das Divisões 45 e 97, em suas trincheiras perto de Ypres, na Bélgica, viram aproximar-se deles uma espessa nuvem verde-amarelada vinda das trincheiras alemãs. Surpreendidos com uma apavorante dificuldade de respirar, eles abandonaram seus postos e fugiram para trás. Muitos morreram ali mesmo e milhares de outros ficaram incapacitados por meses ou pelo resto da vida.
Eles foram as primeiras vítimas da guerra química inaugurada com um gás sufocante a base de cloro que atacou as vias aéreas e provocou queimaduras nos olhos, garganta e pulmões, cegueira, náusea e dor de cabeça. Cerca de 6.000 pessoas morreram dolorosamente.
O gás clorídrico, produzido por indústrias como Bayer e Hoechst foi lançado a partir de 5000 cilindros liberados pelos alemães. Em setembro, os aliados passaram a usar o mesmo recurso contra as linhas alemãs até que, em 1917, a fórmula foi superada por um gás ainda mais letal: o gás mostarda.
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