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1920: a década dos contrastes

10 de abril de 2015

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A partir de 1921, os Estados Unidos passaram por um acelerado crescimento econômico. Aumentou o poder de compra da classe média norte-americana favorecida com a expansão das vendas a crédito. “Compre agora, pague depois” virou mania nacional. Multiplicaram-se as vendas de automóveis, rádios, fogões elétricos, aspiradores, geladeiras, lavadoras de roupa, isqueiros, relógios de pulso, vidro pirex, torradeiras e uma infinidade de produtos. Consolidava-se a chamada sociedade de consumo.

A década da sociedade de consumo

As novidades em eletrodomésticos da década de 1920: máquina de lavar roupa (1925), fogão elétrico (1920) e geladeira elétrica (1926).

Rua em Nova York com diversos cartazes de propaganda, c.1920.

A década do automóvel

A frota dos Estados Unidos aumentou de 8 milhões de veículos em 1920, para 23 milhões em 1930. Em 1919, 1 em cada 16 pessoas possuía um auto; em 1929, esse número era 1 em cada 5 (em Los Angeles, em 1925, era 1 em 3.)

O custo médio dos carros populares caiu. O Modelo T, da Ford que em 1909 custava 950 dólares, em 1927 era vendido a 295 dólares. Neste ano, a Ford produziu 15 milhões do Modelo T. A presença do automóvel na vida americana mudou a paisagem urbana com o aparecimento de postos de gasolina, semáforos, guardas de trânsito, garagens, estacionamentos, pavimentação de ruas e rodovias. Possibilitou a construção de bairros residenciais mais afastados e diminuiu o isolamento da zona rural. Em 1926, Manhattan, no centro de Nova York, já sofria com o congestionamento na hora do rush.

Os movimentos operários conquistaram direitos que beneficiaram especialmente os trabalhadores qualificados.  Em 1923, a US Steel adotou a jornada de 8 horas; em 1926, a Ford reduziu a semana de trabalho para cinco dias e a International Harvester introduziu 2 semanas de férias anuais remuneradas.

Automóvel Ford em piquenique e anúncio do Ford Modelo T, fotos de 1927.

Congestionamento no centro de Nova York, 12 de novembro de 1927.

A década dos arranha-céus

Os arranha-céus, outro símbolo da prosperidade norte-americana, tomaram conta dos grandes centros urbanos. Em 1929, foi construído, em Nova York, o edifício da Chrysler, com 318 m de altura (sem o mastro) e decorado com mármore, granito, aço cromado e bronze. Sua torre de aço inoxidável lembrando a grade de um radiador era uma exaltação à era do automóvel.

Poucos meses depois foi inaugurado o majestoso Empire State com 449 m de altura que, por décadas, foi o edifício mais alto do mundo. Equipado com elevadores de alta velocidade para percorrer seus 102 andares que, contudo, ficaram praticamente vazios por meses, devido aos efeitos da crise de 1929.  Salvou-o o enorme fluxo de visitantes aos dois observatórios, um no 86º andar e outro no 102º andar.

Torre de aço inoxidável do edifício da Chrysler (à esquerda). Gárgula de aço inoxidável do edifício da Chrysler, foto de 1931 (à direita).

Visitantes no terraço do Empire State Building (foto de 1931), o primeiro arranha-céus no mundo a ter mais de 100 andares. Foi o mais alto do mundo até 1972, quando foi concluído o World Trade Center (destruído nos ataques de 2001).

A década da desigualdade social

A prosperidade da década de 1920 não atingiu toda a sociedade norte-americana marcada por profunda desigualdade social. Os 13% de norte-americanos mais ricos detinham 90% da riqueza do país. Cerca de 50% da população vivia abaixo da linha da pobreza. Este contingente de miseráveis era formado, especialmente, por afrodescendentes, mexicanos e imigrantes recentes. Em 1928, havia cerca de 4 milhões de desempregados nos Estados Unidos.

A população rural também não foi beneficiada pela prosperidade econômica. Durante a Primeira Guerra (1914-1918), muitos fazendeiros haviam expandido seus negócios em resposta às demandas do governo por mais alimentos.

Entre 1914 e 1920, as exportações de produtos agrícolas quase quadruplicaram. A partir de 1920, contudo, quando a Europa retomou a produção, a oferta excessiva de produtos agrícolas nos mercados mundiais derrubou os preços. Ao longo da década de 1920, a superprodução agrícola nos Estados Unidos se manteve e, com isso, os preços das safras despencaram. O lucro líquido médio dos fazendeiros que, entre 1917-1920 era de 1.295 dólares por ano, caiu para 517 dólares em 1921.

Paralelamente, as classes médias urbanas foram tomadas pelo desejo de enriquecimento rápido o que estimulou o comércio desenfreado de ações na Bolsa de Valores. A quebra da Bolsa de Valores, em outubro de 1929, estancou a prosperidade econômica, levando a população urbana à miséria e os fazendeiros à ruína.

-Doutor, faça-me um favor. Fique atento às ações da Consolidated Can e, se elas subirem, avise meu corretor para vendê-las e comprar 4 mil preferenciais da P&Q Rails. Obrigado.” Caricatura americana de 1927.

“O senhor acha que estará trabalhando no ano que vem, papai?” Caricatura norte-americana, 1928.

house beautiful

A elite norte-americana vai às compras de Natal. Capa da revista “House Beautiful”, dezembro de 1928.

Fonte

  • BRENER, Jayme. 1929, a crise que mudou o mundo. Rio de Janeiro: Ática, 2006.
  • KARNAL, Leandro. Estados Unidos: a formação da nação, 4. ed. São Paulo: Contexto, 2007.
  • KARNAL, Leandro. Os textos de fundação da América: a memória da crônica e a alteridade. Ideias, n. 1, v. 11, Campinas, p. 9-14, 2004.
  • PAMPLONA, Marco Antônio. Revendo o sonho americano: 1890-1972. São Paulo: Atual, 1996.

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