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Teotihuacán, a “cidade dos deuses”

22 de março de 2022

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Teotihuacán, a 50 km da Cidade do México, é um dos sítios arqueológicos mais visitados do México e o mais enigmático. Suas pirâmides surpreendem pela grandiosidade e, no entanto, muito pouco se sabe sobre essa cidade com mais de seicentos anos de história. Quando os astecas encontraram a cidade, ela já estava abandonada e em ruínas há quase mil anos.

Os astecas a consideraram sagrada e a batizaram de Teotihuacán que significa, em nauatl, algo como “onde alguém se torna um deus” ou “onde os deuses nascem”. Os astecas também deram nomes às suas construções como a “Avenida dos Mortos” porque erroneamente imaginaram que as pirâmides que a ladeavam eram túmulos.

Também criaram lendas a respeito de Teotihuacán como a origem do Quinto Sol, recolhida pelo frei franciscano Bernadino de Sahagún :

Quando ainda era noite

Quando ainda não havia dia,

Quando ainda não havia luz,

Os deuses se encontraram,

Eles se reuniram em Teotihuacán.

Primeiras memórias, de Bernardino de Sahagún.

  • BNCC: 6° ano – Habilidade: EF06HI05 e EF06HI07
  • BNCC: 7° ano – Habilidade: EF07HI03

CONTEÚDO

O que se sabe sobre Teotihuacán

Teotihuacán surgiu em meados do século I d.C., mas se desconhece que povo a construiu e qual era o seu nome original. Por isso usa-se a denominação “cultura teotihuacana” para se referir a ela. A falta de tradição escrita da época de origem torna a pesquisa sobre Teotihuacán muito mais difícil.

A cidade floresceu entre os séculos I e VIII de nossa era, atingindo seu apogeu entre 450 e 650, quando chegou a ter até 200 mil habitantes. Na época, era de longe a maior cidade do continente americano e uma das maiores do mundo com uma área 82,6 km².

Segundo alguns autores, a expansão de Teotihuacan foi realizada com base no comércio. Outros acreditam que Teotihuacán era um estado militarista e que a expansão da cidade teria sido realizada por meio de armas. É possível, também, que o poderio Teotihuacan tenha sido resultado de uma combinação de fatores, incluindo comércio, armas e alianças políticas.

A cidade foi construída segundo um plano urbanístico: tem uma avenida central, chamada Avenida dos Mortos, de cerca de 5 km de extensão, e bairros divididos por ruas retas. Junto à avenida central, erguem-se oitenta construções de diferentes tipos e tamanhos. Três delas chamam a atenção: a pirâmide do Sol, a pirâmide da Lua e o templo de Quetzalcoatl, o deus “serpente emplumada”.

A influência da cidade estendia-se por grande parte da Mesoamérica, como evidenciam as semelhanças artísticas e arquitetônicas entre os maias e até mesmo em povos na fronteira entre os atuais Estados Unidos e México.

Teotihuacán: avenida dos Mortos vista a partir da Pirâmide da Lua tendo, à esquerda, a Pirâmide do Sol.

Uma cidade multiétnica

Teotihuacán atraia pessoas de diferentes culturas e locais distantes que ali negociavam seus produtos e realizavam oferendas aos deuses. A intensa atividade mercantil e artesanal e sua população diversificada tornavam Teotihuacán um centro urbano grandioso e cosmopolita.

Muitos imigrantes chegaram em dois grandes fluxos causados por erupções vulcânicas. Eles passaram a viver nos bairros que rodeavam a cidadela e trabalhavam em troca de alimento racionado (tortilhas) em jornadas de trabalho extenuantes. Isso é indicado pelo estudo de quase dez anos de escavações em Teopancazco, um dos bairros de Teotihuácan, a quase dois km da Pirâmide do Sol.

A análise de DNA e minerais nos ossos das pessoas ali enterradas revelou sua dieta, suas doenças e seus locais de origem como Puebla, Tlaxcala, Hidalgo, Vercruz, Oaxaca e Chiapas.

Os resultados atestam o quão difícil era a vida para alguns deles. Muitos dos cadáveres apresentam vestígios de patologias causadas pela desnutrição na infância, como anemia ou escorbuto, devido ao baixo consumo de frutas.

Os bairros e seus chefes competiam para trazer as mercadorias mais luxuosas para a cidade e confeccionar as roupas mais coloridas para seus líderes.

Planta e maquete do centro de Teotihuacán.

 O governo de Teotihuacán

Não sabe quem foram os construtores de Teotihuacán, nem seus governantes nem sua religião. Não foram encontrados túmulos reais, não há vestígios de nomes ou objetos que possam ser associados a uma liderança.

Diferente das cidades-estados maias e de Tenochtitlán, a capital asteca, não havia um chefe único em Teotihuacán. Talvez a cidade estivesse organizada por um conselho ou assembleia de chefes, que controlava as grandes rotas comerciais. Abaixo deles, estavam os chefes dos quatro distritos e dos 22 bairros, uma nobreza menor.

Era uma cidade de artesãos e comerciantes. Possivelmente, foi a atividade dos distritos e dos bairros, as práticas artesanais e funerárias que moldaram o Conselho de Governo.

Pirâmide do Sol

A pirâmide do Sol, com 65 m de altura e uma base de 222 m x 225 m, é a maior da América e a terceira maior do mundo. Seu nome foi dado pelos astecas e desconhece-se o nome original.

A pirâmide tem cinco plataformas e no topo ficava o templo, hoje desaparecido, assim como as pinturas que decoravam as paredes externas. Toda a estrutura era coberta com reboco de cal, sobre o qual foram aplicadas pinturas coloridas onde predominava o vermelho, o azul e o branco. Eram imagens de cabeças e patas de jaguar, estrelas e chocalhos de cobras. Só restaram vestígios dessa pintura.

A pirâmide é sólida, não tem câmaras internas ou túmulos. Contudo, escavações feitas entre 2008 e 2011, descobriram cinco cemitérios em diferentes níveis dentro da pirâmide. Também foi descoberta uma gruta abaixo da pirâmide, que pode ser alcançada através de um túnel artificial. Durante muito tempo acreditou-se que a gruta fosse de origem natural, mas estudos mais recentes apontam para a sua construção artificial. Isso é apoiado por achados de cinzéis encontrados no túnel e vestígios de impressões de mãos.

Discute-se a qual divindade a pirâmide do Sol foi dedicada. Talvez a Tlaloc, o deus da Chuva, cujas imagens foram descobertas nas escavações. Alguns pesquisadores teorizam que a divindade adorada pode ter sido algum tipo de deusa mãe considerando as pinturas encontradas no complexo residencial de Tepantitla.

Em 2013, ao se escavar um fosso no topo da pirâmide, foi descoberta a estátua de Huehueteotl, o deus do Fogo. A apenas 50 cm da superfície, aparece a escultura do velho deus, a maior de seu tipo já encontrada em Teotihuacán. Feito de pedra andesita cinza, está quase intacto, tem 61 cm de altura e pesa 190 kg. É um ancião sentado com as pernas cruzadas, as mãos nos joelhos, usando um toucado e coroado por um braseiro.

A presença de Huehueteotl dá pistas sobre alguns dos rituais que eram celebrados na pirâmide do Sol como a cerimônia do “fogo novo”, quando coincidiam o ano solar de 365 dias e o calendário de 260 dias a cada 52 anos.

Pirâmide do Sol, com 65 m de altura e uma base de 222 m x 225 m, é a maior da América e a terceira maior do mundo. Seu nome foi dado pelos astecas e desconhece-se o nome original.

Estátua de Huehueteotl, o deus do Fogo, encontrada em 2013 no fosso localizado no topo da Pirâmide do Sol, Teotihuacán.

Pirâmide da Lua

A Pirâmide da Lua, com 46 m de altura e uma base de 120 m x 140 m, era dedicada à deusa da água e da fertilidade. Em seu interior há outras sete pirâmides que indicam que a pirâmide teve sete etapas de construção.  Escavações sob a pirâmide revelaram várias câmaras nas quais foram encontrados restos humanos.

Acredita-se que a Pirâmide da Lua foi dedicada à deusa Chalchitlicue, deusa das tempestades, dos lagos, oceanos, rios, dos redemoinh0s que afundavam os barcos. Era também, a padroeira dos nascimentos.

A pirâmide da Lua está rodeada por 13 construções que talvez servissem de altares e que compõem uma das praças mais monumentais de Teotihuacán.

Pirâmide da Lua, com 46 m de altura e uma base de 120 m x 140 m. Em seu interior há outras sete pirâmides que indicam que a pirâmide teve sete etapas de construção.

Templo de Quetzalcoatl

Quetzalcoatl é uma das maiores divindades da Mesoamérica. O nome é formado pelas palavras quetzal, denominação de um pássaro da América Central e coatl, que significa “serpente”, traduzido, então, como o deus Serpente Emplumada. Seu templo em Teotihucán mede 65 m x 65 m de cada lado e é formada por 7 taludes ricamente decorados com cabeças representando serpentes emplumadas, além de conchas e caracóis.

Interpretações recentes sugerem que Quetzalcoatl era o deus patrono dos governantes teotihuacanos e que a pirâmide estivesse relacionada à criação do tempo e do calendário. Como Quetzalcoatl estava associado à estrela vespertina, é possível que a pirâmide também homenageasse o planeta Vênus.

Sepulturas com restos humanos foram encontradas em várias fases de escavação do templo. Os túmulos continham ofertas de sacrifício, mas alguns já haviam sido saqueados por ladrões quando foram examinados.

Em um túnel sob a pirâmide, pesquisado em 2015, foram encontrados mais de 50 mil objetos rituais como esculturas de pedra, pedras preciosas, incensários, lâminas e ferramentas de obsidiana – oferendas depositadas no túnel de 138 m de comprimento. O teto do túnel foi pulverizado com pirita – metal dourado brilhante. Qualquer um que entrasse no túnel com uma tocha acessa veria o teto abobadado brilhando como um céu estrelado.

Templo de Quetzalcoatl: mede 65 m x 65 m de cada lado e é formada por 7 taludes ricamente decorados com cabeças representando serpentes emplumadas, além de conchas e caracóis.

Templo de Quetzalcoatl, detalhe das cabeças que decoram os taludes. A figura com dois círculos como olhos é Tlaloc, deus da Chuva. A figura com plumas em volta da cabeça é Quetzalcoatl. A Serpente Emplumada aparece, também, nos relevos abaixo das cabeças, e junto com caracóis.

Templo de Quetzalcoatl, reconstituição da fachada com as cores que exibia originalmente.

Nove esqueletos com as mãos cruzadas nas costas, possivelmente sacrificados, encontrados nas escavações do templo de Quetzalcoatl.

Os magníficos murais de Teotihuacán

Os complexos residenciais da elite teotihuacana tinham paredes adornadas com pinturas murais, inclusive os pisos. Produzidas na técnica de afresco (pintura sobre a camada de cal úmido), as pinturas são repletas de vida e surpreendentemente realistas, com figuras humanas, animais ou vegetais. As cores predominantes são vermelho, azul, laranja, verde e preto.

O Palácio Tepantitla, que possui as mais preservadas pinturas, é decorado com um famoso afresco chamado Tlalocan (“paraíso de Tlaloc”, em nahuatl). Representa uma divindade vista de frente, ladeada por dois celebrantes de perfil, em postura rígida. A divindade usa um enorme cocar com longas penas verdes. Das mãos abertas jorram presentes na terra. Abaixo, há sementes de diferentes plantas sobre um terreno elevado. Seria a montanha sagrada onde os guardiões divinos guardam os grãos de milhos? Esses personagens aparecem nas laterais do deus, andando no chão onde as plantas crescem.

Abaixo da figura da divindade está o paraíso de Tlaloc onde pessoas nadam, dançam, jogam e se divertem. Tlalocan é um lugar alegre, com pássaros, borboletas e flores e para onde vão as vítimas de afogamento e de certas doenças, como a lepra, e as crianças sacrificadas a Tlaloc.

Pintura mural do palácio de Tepantitla: a divindade usando um enorme toucado de penas verdes tema as mãoas abertas de onde jorra água. É ladeada por duas figuras, flores e borboletas.

Representação de Tlalocan, o paraíso de Tlaloc, um lugar de prazeres onde as pessoas se divertem em meio a pássaros, borboletas e rios de águas claras. Os “ganchos” que saem de suas bocas são símbolos de fala e canto.

No complexo residencial de Atetelco, as pinturas dos três pórticos do “pátio branco” trazem figuras de coiotes e jaguares, pássaros antropomorfizados, seres humanos e figuras dançantes.

Coiotes e jaguares pintados sobre fundo vermelho no Palácio de Atetelco, em Teotihuacán.

Coiotes antropomórficos, palácio de Atetelco, em Teotihuacán.

Há também um importante conjunto de pinturas murais do complexo residencial de Techinantitla. Fragmentos de afrescos foram saqueados e vendidos no mercado de arte e chegaram a museus dos Estados Unidos. Em 1986, a maior parte deles foi devolvida ao México. Entre esses fragmentos estão os restos de quatro grandes afrescos (4 a 5 metros) da Serpente Emplumadas e glifos de árvores floridas, que os saqueadores cortaram. Os arqueólogos reconstruíram grande parte dos três primeiros. São notáveis ​​pela sua qualidade estética, mas também pela sua importância iconográfica: os glifos constituem um elemento importante no debate sobre a escrita de Teotihuacan.

Fragmento de pintura mural de Techinantitla, medindo 26 cm X 30,8 cm X 4 cm) representando um pássaro (quetzal) equipado com escudo e lança.

No bairro de Tetitla, onde morou a elite teotihuacana na época de maior esplendor da cidade, as pinturas murais são imagens alusivas a divindades, entre elas, as chamadas Deusas Verdes, representações de personagens feminina que se relacionam à Chalchitlicue, deusa das tempestades e tormentas, casada com Tlaloc. Elas usam uma máscara verde e de suas mãos caem figuras e sementes verdes associadas à fertilidade.

Deusa verde associada à deusa Chalchitlicue, da fertilidade, Palácio de Tetitla, em Teotihucán.

Jaguar com um toucado de plumas, Palácio de Tetitla, em Teotihuacán.

Águia com as asas abertas, Palácio de Tetitla, em Teotihuacán.

O misterioso fim de Teotihuacán

Teotihuacán teve um fim tão misterioso quanto sua origem. Por volta de 650, a cidade começa a perder população por razões desconhecidas. Não há mais construções e bairros são despovoados. A cidade chega a ter 75.000, 25% em relação à época de maior esplendor. Ainda era a maior cidade do vale do México e uma das maiores da Mesoamérica.

A cidade parece ter perdido gradualmente sua importância original como centro econômico, até que finalmente não conseguiu mais se sustentar. Por volta de 750, a área urbana estava reduzida a 5.000 pessoas. Teotihuacán chegou a um colapso.

Os edifícios mais importantes do centro da cidade foram incendiados, mas a maioria dos bairros restantes não sofreu danos. Não há sinais de um ataque de fora. Supõe-se, portanto, que os próprios habitantes causaram a destruição em um ato ritual, algo parecido feito pelos olmecas. As construções ao redor da Avenida dos Mortos foram sistematicamente destruídas pelos habitantes da cidade, desmanteladas e reduzidas a escombros.

Os últimos moradores deixaram a cidade pelo menos um século depois que o centro da cidade fosse destruído. No entanto, a cidade nunca foi completamente esquecida, tornando-se um importante local de peregrinação. Os astecas, em particular , reverenciavam Teotihuacán, pois acreditavam ser o lugar onde o mundo foi criado e seus deuses nasceram.

A cultura teotihuacana (área marrom) se espalhou por grande parte da Mesoamérica (área verde) chegando até a área maia, no atual território da Guatemala.

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