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Vasco Núñez de Balboa encontra o Oceano Pacífico

25 de setembro de 1513

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Em 25 de setembro de 1513, o explorador espanhol Vasco Núñez de Balboa, depois de quase um mês de travessia em meio a florestas, pântanos e lagoas do istmo do Panamá, encontrou o Oceano Pacífico.

Foi o primeiro europeu a avistar o grande oceano a partir de sua costa oriental. Balboa decidiu-se pela aventura diante dos relatos indígenas sobre um rico reino ao sul onde as pessoas usavam utensílios de ouro. Eram as primeiras informações sobre o Império Inca.

O conquistador espanhol Vasco Nuñez de Balboa toma posse do Mar do Sul e de todas as terras adjacentes para a Espanha em 1513. Gravura de 1726.

Quem era Vasco Núñez Balboa

Vasco Núñez Balboa (1475-1519) nasceu em uma família da pequena nobreza espanhola. Por volta de 1500 juntou-se à uma expedição para a América que pretendia encontrar pérolas ao longo da costa norte da América do Sul (atual Colômbia), então uma região praticamente desconhecida para os europeus. A expedição foi um sucesso em mapear novos litorais, mas não encontrou muitas das pérolas esperadas.

Balboa se estabeleceu em seguida em Hispaniola (moderno Haiti/República Dominicana), onde possuía uma plantação, mas seu senso de negócios era ruim, e ele foi obrigado a abandonar a ilha depois de acumular enormes dívidas.

Fugindo daqueles a quem devia dinheiro, Balboa embarcou clandestinamente em um navio com destino a Urabá, na costa colombiana, no istmo do Panamá.

A conquista do Panamá

A região que hoje compreende a Colômbia e o Panamá era habitada por diversas etnias que estavam organizadas em cacicados.

Os indígenas resistiram à conquista espanhola com suas flechas envenenadas mortais com efeito devastador. Os espanhóis revidaram com armas de fogo e cães ferozes lançados contra as populações nativas.

Em 1510, Balboa fundou a colônia de Santa Maria La Antígua de Darién, ou simplesmente Darién localizada em território da atual Colômbia ou no Panamá (não há mais vestígios da cidade que foi abandonada depois de atacada e incendiada pelos indígenas em 1524).

Darién foi o primeiro assentamento espanhol permanente no continente americano. Apesar de ser uma região de pântanos, logo passou a ser chamada de Castilla del Oro (“Castela Dourada”) por causa da quantidade de artefatos de ouro trocados e saqueados dos povos locais. Balboa escreveu ao rei na Espanha, de forma exagerada e precipitada, que havia ali “rios de ouro” e que os chefes indígenas tinham “ouro crescendo como milho que eles coletavam em cestos”.

A fúria de Balboa por ouro

Balboa foi implacável em sua busca por ouro e usou ameaça, tortura e diplomacia em igual medida para conseguir o metal precioso. Ainda assim, encontrar ouro no Panamá foi muito mais difícil do que ele havia pensado inicialmente.

O conquistador fez aliados e também inimigos, habilmente jogando com antigas rivalidades tribais para garantir que os espanhóis nunca enfrentassem uma oposição unida. Os povos indígenas foram forçados a trabalhar para os espanhóis em Darién, a nova colônia, cultivando terras, sujeitos a duras condições de vida e punições brutais. Balboa usou cães de ataque como um método de execução.

Balboa lançou cães (mastins, buldogues e galgos) contra os indígenas. Gravura de Theodor de Bry, 1594.

Atravessando o Panamá até o Pacífico

Balboa ficou muito intrigado com as histórias que os índios contavam sobre um grande mar a sudoeste, e ele estava determinado a investigar. Outro rumor intrigante que os espanhóis ouviram no Panamá foi sobre um reino dourado bem ao sul, sem dúvida uma referência à então desconhecida civilização inca.

Em 1° de setembro de 1513, Balboa organizou uma expedição para explorar mais a região e descobrir se havia realmente outra costa. Um membro dessa expedição foi Francisco Pizarro que, vinte anos depois, conquistaria os incas.

Viagem de Balboa saindo de Darién (Santa Maria no mapa) no dia 1° de setembro de 1513.

Partindo de Darién, a expedição com 190 ou 200  homens e mais mil carregadores nativos, além de uma matilha de cães, cruzou o istmo em uma linha tão direta quanto possível em direção ao sudoeste. Foi uma rota dificílima em meio a selva densa e cruzando rios e pântanos.

Os exploradores avistaram o Oceano Pacífico pela primeira vez do pico de uma montanha em 25 de setembro de 1513 e, no dia 29 eles próprios alcançaram as ondas. Balboa entrou nas águas com armadura completa, espada em uma das mãos e a bandeira de Castela levantada na outra – para tomar posse do oceano em nome do rei da Espanha. Chamou-o de Mar del Sur.

Logo uma violenta tempestade tirou o ânimo dos espanhóis de explorarem as ilhas que avistaram no horizonte.

Balboa entrou nas águas com armadura completa, espada em uma das mãos e a bandeira de Castela levantada na outra – para tomar posse do oceano em nome do rei da Espanha. Chamou-o de Mar del Sur.

Essa grande descoberta trouxe esperança de terem encontrado uma rota marítima para as Índias. Talvez houvesse até uma rota marítima direta que conectasse os oceanos Atlântico e Pacífico. Uma exploração mais completa do litoral seria necessária.

Após a expedição de Balboa, novas cidades foram estabelecidas pelas autoridades espanholas e encomiendas distribuídas, ou seja, o direito legal de extrair trabalho forçado dos povos indígenas. A descoberta da Costa do Pacífico abriu caminho para explorar ainda mais por navio a costa ocidental do continente americano.

Estátua de Vasco Núñez de Balboa na Cidade do Panamá. O conquistador espanhol descobriu o Oceano Pacífico após cruzar o istmo do Panamá em 1513.

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