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Inaugurado o Theatro Municipal do Rio de Janeiro

14 de julho de 1909

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No dia 14 de julho de 1909 era inaugurado o Theatro Municipal do Rio de Janeiro, como parte das obras de reurbanização do Rio de Janeiro e abertura da Avenida Central iniciadas em 1902 no governo de Pereira Passos.

A capital da República possuía, então, dois teatros, São Pedro e o Lírico, cujas instalações não atendiam adequadamente nem o público nem as companhias teatrais.

Para a construção do novo teatro, foi realizado um concurso e recebidas sete propostas. Saíram vitoriosas duas: a de Francisco de Oliveira Passos, filho do prefeito e a do arquiteto francês Albert Guilbert. O resultado final foi a fusão dos dois premiados, uma vez que ambos projetos tinham uma mesma inspiração – a Ópera de Paris, do século XVII.

Fachada do Theatro Municipal do Rio de Janeiro.

Escadaria de acesso à plateia.

A construção do teatro foi iniciada em janeiro de 1905, com a colocação da primeira das 1.180 estacas de madeira de lei sobre as quais está assentado. A decoração do edifício contou com os mais importantes pintores e escultores da época, como Eliseu Visconti, Rodolfo Amoedo e os irmãos Bernardelli que criaram as pinturas e esculturas que adornam a sala de espetáculos, a fachada e as áreas de circulação do edifício.  Os vitrais e os mosaicos foram executados por artesãos europeus.

O resultado final surpreende pela riqueza de detalhes e mistura dos estilos clássico, barroco, art-noveau e Luis XV, com revestimentos luxuosos e magníficos vitrais alemães que representam as musas protetoras das artes e iluminam a casa de espetáculos.

A sua fachada apresenta seis enormes colunas de mármore italiano com capiteis coríntios. Nos quatro cantos do edifício estão esculturas representando a Poesia, a Música, a Dança, a Canção, a Tragédia e a Comédia. No topo do edifício, foi colocada uma imponente águia dourada de 350 kg que recebeu 8 mil folhas de ouro 23 quilates de douramento.

Águia dourada enfeitando o topo do Theatro Municipal do Rio de Janeiro.

O interior possui piso de mosaico veneziano. O lobby e o salão principal são decorados com materiais como mármore, ônix, bronze, espelhos, talha dourada e cristais, além de esculturas de artistas como Charles Raoul Verlet e Jean Antoine Injalbert. Um grande lustre de bronze dourado com 118 lâmpadas e pingentes de cristal ilumina o salão principal. A enorme cúpula recebeu pintura de Eliseu Visconti.

O Theatro Municipal do Rio de Janeiro foi inaugurado pelo presidente Nilo Peçanha e pelo prefeito Sousa Aguiar no dia 14 de julho de 1909, quatro anos e meio após o início das obras.

Escadaria de acesso aos frisos superiores.

Mosaicos no piso e nas paredes com moldura de mármore.

No início, o Theatro recebia, principalmente, companhias de ópera e dança vindas, em sua maioria, da Itália e da França. A partir da década de 1930, passou a contar com seus próprios corpos artísticos: orquestra sinfônica, coro e balé que permanecem até hoje responsáveis pela realização das temporadas artísticas oficiais.

Originalmente com capacidade para 1.739 espectadores, o Theatro foi reformado em 1934 para abrigar 2.205 lugares. Posteriormente, com algumas modificações, chegou ao número atual de 2.252 assentos.

Restaurante Assyrio

No subsolo do teatro fica o restaurante Assyrio decorado com frisos, colunas, luminárias e estátuas inspiradas na antiga cidade de Persépolis e na cultura babilônica.O salão possui colunas que terminam com cabeças de touro, em estilo assírio. As portas possuem molduras de pedra gravada com margaridas, a flor sagrada da antiga Mesopotâmia.

As paredes são revestidas em cerâmica esmaltada e decoradas por painéis de mosaico que mostram o lendário herói Gilgamesh e o imperador Dario apunhalando um gênio do mal, cuja inspiração vem de de seu palácio, em Persépolis.

A decoração recebe também os imponentes frisos dos leões, dos seres alados babilônicos e dos arqueiros da sala do trono de Dario I.

A iluminação do local é feita por lustres de inspiração islâmica e as luminárias montadas sobre figuras de touros.

Além de restaurante, o Assyrio já foi cabaré e palco dos primeiros bailes de máscara do Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Atualmente ali funciona o Café Theatro.

Salão Assyrio do Theatro Municipal do Rio de Janeiro.

Capiteis em forma de touro nas colunas que sustentam o teto do Salão Assyrio.

O lendário Gilgamesh decora a parede do Salão Assyrio.

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