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Batalha de Áccio, entre Marco Antônio e Otaviano

02 de setembro de 31 a.C

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Em 2 de setembro de 31 a.C., foi travada a batalha naval de Áccio, na Grécia, entre a frota de Marco Antônio apoiada pelos barcos de guerra da rainha Cleópatra do Egito, e a frota de Otaviano (depois conhecido como imperador Augusto). O resultado foi uma vitória decisiva de Otaviano.

A batalha de Accio marcou o fim de décadas de rivalidades políticas, consolidou o poder de Otaviano sobre Roma e seus domínios e o consagrou como o primeiro imperador romano pondo fim à República.

A Batalha de Áccio

A batalha ocorreu no mar Jônico, na costa oeste da Grécia, perto da antiga colônia romana de Actium.

As descrições da batalha são bastante imprecisas, até mesmo contraditórias e foram todas escritas para celebrar o vencedor Otaviano.

Estima-se que Antônio tivesse cerca de 140 navios, enquanto a frota de Otaviano possuia 260 navios da frota de Otaviano. O que faltava em quantidade a Antônio era compensado em qualidade (de navio), já que seus navios eram principalmente o navio de guerra romano padrão quinquerremes e quadriremes. Sendo maiores do que os de Otaviano, as galeras de guerra de Antonio eram, contudo, muito pesados e difíceis de manobrar.

A frota de Otaviano era composta em grande parte por trirremes, embarcações menores e mais ágeis. Além disso, sua tripulação era mais bem treinada, profissional, bem alimentadas e descansada.

A batalha de Accio, pintura de Lorenzo Alberto Castro, 1672.

Antes da batalha, um dos generais de Antônio, Quintus Dellius, desertou passando para o lado de Otaviano levando consigo os planos de batalha de Antônio.

A batalha durou toda a tarde sem resultado decisivo. Finalmente, Otaviano ordenou que a frota inimiga fosse bombardeada com flechas incendiárias e carvão incandescente atirado com potes de piche de máquinas. Os homens de Antônio tentaram em vão apagar os incêndios e acabaram queimados indefesos em seus navios ou sufocados pela fumaça espessa. Outros ainda cometeram suicídio ou se afogaram após pularem no mar.

Enquanto isso, os navios de Cleópatra permaneceram atrás da linha de batalha e não participaram da batalha. A um certo momento, a frota da rainha egípcia recuou para o mar aberto e logo sumiu de vista. A retirada de Cleópatra desespera Antonio que deixa seus homens lutando sozinhos e vai atrás da amante.

Choque entre navios em uma batalha naval, representação em 3D por The Creative Assembly.

Final da batalha

Por volta das 17h, a Batalha de Áccio estava concluída com a derrota para Antônio e Cleópatra. Depois que cerca de 30 a 40 navios de Antônio afundaram, o resto de sua frota se rendeu. Pelo menos 5.000 homens de Antônio perderam a vida nesta batalha. Milhares de outros desertaram.

No dia seguinte, os homens de Antônio se renderam sob a promessa de receberem terras aqueles que entregassem suas armas. Os vencidos foram perdoados e levados à Itália. A promessa de terras, contudo, não foi cumprida o que levou a uma revolta tempos depois.

Uma cena representando navios de guerra após uma batalha naval. Ilustração de The Creative Assembly.

A morte de Antônio e Cleópatra

Ainda restava capturar Antonio que era, agora um fugitivo e um rebelde. Em meados do ano seguinte, Otaviano invadiu o Egito sem praticamente lutar. Houve um breve confronto em Alexandria (31 de julho de 30 a.C.) no qual mais homens de Antônio desertaram.

Essa última humilhação mais a notícia (falsa) de que Cleópatra já havia se matado, levou Marco Antônio ao suicídio. O ferimento, contudo, não o matou de imediato. Ferido, ele soube que Cleópatra ainda estava viva e insistiu para ser levado ao mausoléu onde ela estava escondida. Morreu em seus braços (1 de agosto de 30 a.C.).

Cleópatra recebeu permissão de Otaviano para conduzir os rituais funerários de Antônio. Percebendo que seu destino era ser o principal troféu da marcha triunfal em Roma, ela se suicida (12 de agosto de 30 a.C.).

Otaviano mandou matar Cesarião, o filho de Cleópatra e Júlio César, então com 14 anos de idade,  garantindo seu legado de único herdeiro de César. Poupou os filhos de Cleópatra com Antônio, com exceção do filho mais velho de Antônio.

Otaviano admirou a bravura de Cleópatra e deu a ela e a Antônio um funeral militar público em Roma. O funeral foi grandioso e algumas legiões de Antônio marcharam ao lado do túmulo. Foi decretado um dia de luto em Roma. Isso se deveu em parte ao respeito de Otaviano por Antônio mas também para difundir sua imagem de governante benevolente.

Áccio foi a última guerra civil da República Romana.  A vitória de Otaviano deu-lhe o controle único e incontestado do Mare Nostrum (“Nosso Mar”, como os romanos chamavam o Mediterrâneo).

Em 27 a.C., Otaviano adotou o título de Princeps (“primeiro cidadão”) e alguns anos depois recebeu do Senado o título de Augusto (“divino”). Este foi o nome pelo qual ele se tornou conhecido em tempos posteriores. A adoção desses e outros títulos honoríficos assinalou o fim da República e o início do Império Romano.

A rendição do Egito marcou o fim do período helenístico do reino ptolomaico no Egito, transformando-o em uma província romana.

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