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Fim do Império Asteca, México

13 de agosto de 1521

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Em 13 de agosto de 1521, Cuauhtémoc, o último tlatoani (imperador asteca), foi capturado pelos homens do aventureiro espanhol Hernán Cortez quando tentava escapar do cerco à Tenochtitlán, a capital asteca.

Cuauhtémoc foi levado diante de Cortés que o abraçou reconhecendo a bravura do chefe asteca. O imperador pediu-lhe que o matasse oferecendo sua adaga. Para Cortez, contudo, não era interessante naquele momento a morte de Cuauhtémoc. Preferia usar a autoridade de um tlatoani para submeter os nativos aos desígnios do imperador espanhol Carlos V e aos seus próprios. E fez isso com sucesso, garantindo a cooperação dos astecas na limpeza e restauração da cidade.

  • BNCC: 7º ano. Habilidades: EF07HI08, EF07HI09

Breve retrospectiva

Desde que se instalaram em Tenochtitlán, há menos de dois anos, os espanhóis ditavam as regras à população asteca. Primeiro foi através de Montezuma II, o imperador que recebeu Cortez em 8 de novembro de 1519 acreditando que fosse um deus, mas acabou seu prisioneiro.

Com a morte de Montezuma II, sete meses depois, assume o poder seu irmão Cuitlahuac. Este governou apenas oitenta dias vindo a morrer de varíola que havia sido introduzida na América pelos conquistadores espanhóis. Foi então que Cuauhtémoc foi nomeado tlatoani no início de 1520, aos 18 anos de idade.

Cuauhtémoc, cujo nome significa “águia em ataque” na língua nahuatl, recebeu a educação da elite asteca. Estudou no calmecac e, depois de prestar o serviço militar, foi nomeado “governante águia” de Tlatelolco, em 1515.  Para chegar e se manter nesta posição, ele deveria capturar inimigos para o sacrifício. Estava, portanto, iniciando sua vida de chefe político e guerreiro.

Tornou-se imperador em um momento crucial quando Tenochtitlán estava sob controle dos espanhóis e alguns povos do império começavam a se rebelar contra a dominação asteca aliando-se aos invasores europeus. Sua escolha para tlatoani, apesar da pouca idade, talvez se devesse ao fato de que restavam poucos guerreiros experientes para assumir o trono, especialmente após o massacre do Templo Maior quando os espanhóis trucidaram grande número de nobres guerreiros astecas.

Cuauhtémoc procurou reunir esforços para combater os espanhóis. Foi nesse contexto que acabou capturado em 13 de agosto de 1521 quando atravessava o Lago Texcoco.

A tortura de Cuauhtémoc

Os espanhóis mantiveram Cuauhtémoc em cativeiro até 1525. O objetivo inicial de Cortez era que o asteca lhe revelasse a localização do tesouro de Montezuma II. Porém, mesmo encontrando uma boa quantidade de ouro, não era o bastante para os espanhóis.

Para forçar Cuauhtémoc a revelar onde havia mais riquezas, Cortez submeteu o imperador a sessões de tortura queimando seus pés e mãos no fogo. Mesmo assim, Cuauhtémoc não deu qualquer informação sobre os tesouros que os espanhóis cobiçavam.

Finalmente, em 26 de fevereiro de 1525, Cortez mandou matar o último tlatoani asteca acusando-o de traição, durante uma fracassada expedição a Honduras. Cuauhtémoc foi enforcado. Tinha, então, cerca de 23 anos de idade. A essas alturas, a civilização asteca e seus domínios já estavam desmantelados e ganhavam força, rapidamente, o processo de colonização espanhola e de cristianização dos povos conquistados.

A data de 13 de agosto de 1521, quando Cuauhtémoc foi feito prisioneiro, é considerada o fim do Império Asteca frente ao domínio espanhol no México.

Fonte

  • HIDALGO, Eduardo Sánchez. El tormento de Cuauhtémoc. En la búsqueda del tesoro de Moctezuma. Internet Archive.
  • CASTILLO, Bernal Diaz del. Historia verdadeira de la conquista de la Nueva España. Cervantes virtual.
  • CORTEZ, Hernan. A conquista do México. Porto Alegre: L&PM, 2007.
  • RESTALL, Matthew. Sete mitos da conquista espanhola. Rio de Janeiro: civilização Brasileira, 2006.
  • MAHN-LOT, Marianne. A conquista da América Espanhola. Campinas: Papirus, 1990.
  • SOUSTELLE, Jacques. A civilização asteca. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1993.
  • SOUSTELLE, Jacques. A vida cotidiana. Os astecas na véspera da conquista espanhola. São Paulo: Companhia das Letras, 1990.

Saiba mais

Abertura

  • Martírio de Cuauhtémoc, pintura de Leandro Izaguirre, 1892-3, México.

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