Pré-História (incluindo a América e o Brasil), Egito, Mesopotâmia, Fenícia, Palestina e Pérsia são temas tratados tradicionalmente no 6º ano do Ensino Fundamental. É um conteúdo extenso e, para dar conta dele, o professor precisa recortar temas e selecionar tópicos essenciais. Vamos ver o que você lembra a respeito? São 15 perguntas com três alternativas cada. Ao final, veja qual foi a sua pontuação e classificação.
O que você sabe sobre Pré-História e Antiguidade Oriental?
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Discutindo os conceitos
A Pré-História é o período mais longo da História pois abrange os tempos remotos desde a origem do homem há 2,5 milhões de anos, considerando o Homo habilis, o primeiro hominídeo do gênero Homo. Seu término é tradicionalmente marcado pelo aparecimento da escrita, cerca de 3000 a.C., quando então, começa a História.
Essa conceituação de Pré-História é aceita com reservas pelos pesquisadores. Em primeiro lugar, Pré-História não significa um período sem História ou fora da História. Em segundo, a escrita não é um critério absoluto para uma sociedade deixar de ser pré-histórica. Existiram civilizações grandiosas como a dos Incas, que não tiveram escrita.
Da mesma forma, costuma-se caracterizar as sociedades pré-históricas por suas carências, isto é, pelo que elas não têm : sociedades sem Estado, sem tecnologia, sem escrita, com economia de subsistência, sem produção de excedentes e, portanto, sem mercado. É a visão preconceituosa da cultura de nosso tempo sobre o passado mais distante.
O conceito de Antiguidade padece de semelhante distorção. A Antiguidade é tradicionalmente delimitada pela origem da escrita e a queda do Império Romano. Essa Idade teria tido seu início no Oriente Próximo (Antiguidade Oriental), entendido como o Egito, Mesopotâmia, Fenícia, Palestina, Pérsia e o Egeu. Atinge seu auge com a Antiguidade Clássica constituída pela Grécia e Roma. Tais marcos são resultado de uma visão etnocêntrica por excelência, estabelecida pela historiografia tradicional que excluiu da Antiguidade outras sociedades como as da América, da Ásia e da África para além do Egito.
Joelza, tenho me deparado com tantos questionamentos acerca do uso desse termo — pré-história —, pois tudo o que se refere aos humanos é, afinal, História. Entende-se que a justificação tradicional para a utilização do termo é a separação entre os períodos antes e depois da invenção da escrita. Mas, como ocorreu com numerosos outros conceitos, não seria já tempo de este também ser revisto, pois não há indícios suficientes de que o termo pré-história atirou toda a humanidade anterior à escrita na vala comum de uma etapa quase pré-humana?
Sim, você está certo. O conceito é polêmico por induzir à falsa de ideia de um período “sem” História, por usar a escrita como marco e ainda por ser caracterizado pela ausência de elementos “civilizatórios” (Estado, vida urbana, religião hierarquizada, hierarquia social, metalurgia etc.). Fiz um breve comentário no artigo sobre isso. Esgotada essa discussão resta perguntar: como chamar esse período, então? Que conceito usar ou criar para ele? Essa é uma tarefa dos historiadores e dos teóricos que, me parecem, na falta de outro conceito, continuam escrevendo e pesquisando sobre a ´”Pré-História”. Vc tem uma sugestão para sair dessa… Leia mais »
Ainda não tenho uma proposta. Mas, vou continuar pesquisando. Creio que já devem existir propostas feitas por historiadores. Só precisamos topar com elas. 🙂
Se tiver uma pista, compartilhe! Abraço.