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Lençóis, a “capital das lavras” da Chapada Diamantina

25 de junho de 2017

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A cidade de Lençóis é famosa por ser o principal destino turístico da Chapada Diamantina possuindo uma boa infraestrutura para atender os turistas que visitam o parque. A cidade tem, porém, outra riqueza além da deslumbrante beleza natural entorno: seu conjunto arquitetônico e paisagístico, tombado, pelo Iphan, em 1973. O patrimônio histórico e cultural de Lençóis é herança da época em que a cidade foi a maior produtora mundial de diamantes e a terceira cidade mais importante da Bahia, na segunda metade do século XIX. A riqueza da Lençóis transparecia na importação de artigos de luxo e até na instalação de um vice-consulado da França para facilitar o comércio com este país.

O povoamento da cidade teve início em 1845, com a descoberta de minas de diamante na Chapada. Desmembrada do município de Santa Isabel do Paraguaçu (atual Mucugê) com o nome de Vila de Lençóis, em 1856, foi elevada à categoria de cidade em 1864. Foi uma época de riqueza e ostentação: nos saraus (encontros das famílias e amigos onde se ouvia música ou liam-se poesias), era comum que os participantes usassem diamantes como joias e aplicados em seus trajes. São desta fase as construções mais elaboradas da cidade, como a Capela de Nosso Senhor dos Passos.

Entretanto, a descoberta de minas de diamantes na África do Sul (1865) e o esgotamento parcial dos solos da região levaram ao abandono do comércio e do garimpo por seus exploradores. A partir de 1871, a cidade entra em crise econômica e decadência. Muitos garimpeiros mudaram-se para as faisqueiras de Salobro (Canavieiras). Outros passaram a se dedicar à lapidação de pedras preciosas, outra importante atividade de Lençóis. Há registros da existência de três destas oficinas na cidade, a mais antiga datada de 1880.

A plantação de café e, mais tarde, a extração do carbonato (de mesma composição do diamante, porém menos concentrado) ajudaram a retomar, em parte, a economia local. Assim, uma nova fase de desenvolvimento ocorreu, pouco depois, com a repentina valorização do carbonato como abrasivo industrial.

O acervo arquitetônico de Lençóis é formado por cerca de 570 imóveis, basicamente, casas e sobrados da segunda metade do século XIX, construídos com diferentes técnicas onde predomina adobe e pedra.

Como todo assentamento de mineração, Lençóis se desenvolveu de forma desordenada: possui uma trama irregular de ruas e ladeiras que se adaptam aos acidentes do terreno intercaladas por pequenas praças e largos. O piso de algumas ruas é constituído da própria rocha que aflora no local.

O arruamento colonial surgiu a partir dos polos erguidos ao redor da Igreja de Nossa Senhora da Conceição e da ponte de ligação entre os núcleos instalados em ambos os lados do rio. A construção da ponte, em 1860, ocupou a mão de obra ociosa, vítima da grande seca que assolou o sertão, entre 1859 e 1862.

Antiga Prefeitura Municipal de Lençóis


Antiga Prefeitura Municipal de Lençóis, edifício de 1860, atual sede do escritório do Iphan.

Ponte sobre o rio Lençóis

Ponte sobre o rio Lençóis, em Lençóis, Chapada Diamantina.

Atrativos históricos de Lençóis

  • Praça Horácio de Matos, espaço público mais importante da cidade, rodeado de grandes sobrados, cinco dos quais estão tombados pelo Iphan.
  • Igreja Nossa Senhora do Rosário, construída em 1830 no local onde havia uma capela, é a maior igreja do sertão baiano.
  • Igreja de Nosso Senhor dos Passos, de 1855
  • Casario da rua Sete de Setembro, entre os quais o sobrado onde funcionou o vice-consulado da França
  • Antiga Prefeitura Municipal, edifício de 1860 e onde hoje funciona o escritório do Iphan
  • Mercado Público Municipal
  • Ponte sobre o rio Lençóis
Igreja de Nosso Senhor dos Passos, de 1855, em Lençóis

Igreja de Nosso Senhor dos Passos, de 1855, em Lençóis, Chapada Diamantina.

 

Lençóis, Chapada Diamantina

O conjunto arquitetônico de Lençóis, tombado pelo Iphan em 1973, conservou muito das suas características originais de seus 570 imóveis, além de estar situado em uma região de serras, na área do Parque Nacional da Chapada Diamantina, famosa por uma deslumbrante beleza natural.

Fonte

Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional).

Conheça outras cidades históricas da Chapada Diamantina clicando nos títulos abaixo

Rio de Contas, centro de mineração de ouro

Mugucê, a primeira lavra de diamantes

Igatu, a “Machu Picchu” baiana

A Chapada Diamantina e suas surpreendentes cidades históricas

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