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Arca da Aliança: uma busca de 2500 anos

15 de agosto de 2023

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Arca da Aliança refere-se ao baú que continha as tábuas da Lei recebidas por Moisés no Monte Sinai. Segundo a tradição, a arca continha duas tábuas de pedra, esculpidas por Deus, e que listavam os Dez Mandamentos dados a Israel. O recebimento das tábuas e os detalhes da construção da Arca aparecem no livro do Êxodo.

O Êxodo relata que, depois de saírem do Egito conduzidos por Moisés, os hebreus chegaram aos pés do monte Sinai. Moisés deixou o povo no acampamento e subiu a montanha onde ficou sozinho por quarenta dias e quarenta noites. Ali teria tido, então a primeira revelação de Deus. Ele recebeu não apenas os chamados Dez Mandamentos, mas o que se tornaria a constituição da nação de Israel.

CONTEÚDO

A Arca da Aliança, peça cenográfica do filme “Indiana Jones e os Caçadores da Arca Perdida” (1981), de Steve Spielberg e George Lucas. Fotografado na exposição “Indiana Jones and the Adventure of Archaeology”, no National Geographic Museum em Washington DC, 2015.

As Tábuas da Lei e a Arca da Aliança

Pelas tradições judaicas, Moisés recebeu muitas informações enquanto estava na montanha como relata os livros de Êxodo, Levítico (o manual dos sacerdotes), Números (o tempo das peregrinações dos hebreus no deserto) e Deuteronômio (uma segunda fonte para a legislação original). Autores posteriores afirmaram que Moisés recebeu as plantas para a construção do Templo de Salomão, em Jerusalém (c. 900 a.C).

Com o tempo, os mandamentos foram reduzidos a dez palavras, com a tradução hebraica em declarações curtas: “Não minta”, “Não roube”. Na tradução grega das Escrituras judaicas, a Septuaginta, eles foram chamados de Decálogo. Do ponto de vista teológico, as tábuas são entendidas em duas partes: as cinco primeiras leis referem-se ao culto do Deus de Israel, e as demais ao comportamento humano como nação.

A iconografia moderna das tábuas mantém tanto as letras hebraicas quanto a adoção posterior de algarismos romanos.

Em Êxodo 25, estão as instruções para a fabricação da Arca e também do ‘tabernáculo’ onde ela seria mantida.

Então farás um santuário para mim, e eu habitarei entre eles … Também farão uma Arca de madeira de acácia de dois côvados e meio de comprimento, um côvado e meio de largura e um côvado e meio de altura [aproximadamente 131 cm × 79 cm × 79 cm]. De ouro puro a cobrirás, por dentro e por fora, e farás sobre ela uma moldura de ouro ao redor. Fundirás para ela quatro argolas de ouro e as prenderás nos quatro cantos da arca: duas argolas de um lado e duas argolas do outro. Em seguida, farás varas de madeira de acácia e as cobrirás de ouro. Insirás as varas nas argolas das laterais da arca para carregá-la … Em seguida, colocarás na arca as tábuas da Lei da Aliança que eu te darei.

Farás também um propiciatório (tampa) de ouro puro com dois côvados e meio de comprimento e um côvado e meio de largura. E farás dois querubins de ouro batido nas extremidades do propiciatório. Os querubins devem ter as asas estendidas para cima, cobrindo com elas o propiciatório. Os querubins devem ficar de frente um para o outro. Porás o propiciatório em cima da arca; e dentro dela, as tábuas da Lei da Aliança que eu te darei. Ali, virei a ti e, de cima do propiciatório, do meio dos querubins que estão sobre a Arca da Aliança, falarei contigo acerca de tudo o que eu te ordenar para os filhos de Israel. (Êxodo 25).

Esses detalhes se tornaram icônicos nas ilustrações da Arca. Para muitos historiadores, a precisão dos detalhes implica a realidade da Arca. Referências subsequentes, nas Escrituras Judaicas, trazem as mesmas informações.

A Arca na travessia do Deserto

O Tabernáculo, Tenda do Encontro ou Morada do Testemunho era a tenda onde o povo de Israel se reunia para adorar a Deus. Servia como um santuário portátil durante os anos no deserto. Dentro da tenda, no centro, ficava a Arca da Aliança. O espaço restante era dividido para sacerdotes, homens e mulheres. Somente Moisés e Aarão tinham permissão para entrar na presença da Arca.

O primeiro dever ao montar um novo acampamento era erguer o tabernáculo; ele era o último a ser retirado quando o acampamento era desfeito. Os carregadores da Arca ficavam no centro da coluna de migração como forma de proteção do precioso objeto. A Arca sempre foi carregada pela tribo dos levitas, os descendentes de Moisés e Aarão.

Segundo a tradição, uma nuvem cobria o tabernáculo da Arca durante o dia, e fogo à noite, demonstrando a presença de Deus entre eles (Números 9:15).

A arca passa sobre o rio Jordão carregada pelos levitas, aquarela de James Tissot, c. 1896-1902.

O poder da Arca da Aliança

Os relatos bíblicos falam do poder da Arca para derrotar os inimigos de Israel. Essa foi, aliás, a premissa do filme de grande sucesso, Indiana Jones e os Caçadores da Arca Perdida (1981).

No filme “Indiana Jones e os Caçadores da Arca Perdida” (1981), os poderes mais terríveis são liberados ao abrirem a arca.

Josué, sucessor de Moisés e Aarão, conduziu os sacerdotes através do rio Jordão carregando a Arca. As águas se separaram, numa réplica da travessia do Mar Vermelho. Chegando a Jericó, cidade fortificada, os sacerdotes rodearam as muralhas durante sete dias levando a Arca até que os “os muros desabaram” (Hebreus 11:30). Uma vez estabelecido na terra, Josué leu a Lei para as pessoas que estavam de pé em ambos os lados da Arca, no Monte Gerizim.

A Captura da Arca pelos Filisteus

O livro de Juízes relata a época em que Canaã era governada por uma confederação das Doze Tribos. Para evitar o domínio e a inveja entre as tribos, fez-se um rodízio da ‘Tenda do Encontro’ de maneira que ela fosse erguida em cada território tribal por um certo período de tempo.

A invasão dos filisteus (ou povos do mar, em textos antigos), no final da Idade do Bronze, resultou em várias derrotas para os israelitas. 1 Samuel 4 relata a decisão dos sacerdotes de Siló (onde a Arca da Aliança estava temporariamente alojada), de levar a Arca para a batalha para derrotar o inimigo. Porém, para grande consternação dos judeus, a Arca foi capturada pelos filisteus e levada para o templo de Dagon (principal deus filisteu) em Ashdod.

O que se seguiu foi uma lista de problemas para os filisteus. Todas as manhãs, a estátua de Dagon era encontrada no chão diante da Arca. Os filisteus eram punidos com tumores e feridas purulentas (provavelmente peste bubônica), e uma praga de ratos destruía seus grãos.

Os filisteus levaram a Arca da Aliança para o Templo de Dagon. Sua estátua quebrada está no chão. Pintura mural na sinagoga de Dura Europos de meados do século III d.C.

Durante sete meses, os filisteus mandaram a Arca de um lugar a outro, e onde ela chegava “um medo mortal reinava em toda a cidade, tanto pesada ali era a mão de Deus” (I Samuel 5:11). Ao final ela foi devolvida ao povo de Israel. Permaneceu na cidade de Keriath-Jearim (ou Cariatiarim) pelos próximos 20 anos. Isso teria ocorrido no século XII a.C.

Templo de Salomão

Por volta de 1000 a.C., o rei Davi levou a Arca da Aliança para Jerusalém. Davi tinha planos de construir uma casa permanente para Deus (um templo de pedra) onde instalaria a arca. Novos fenômenos ocorreram: a carroça que levava a Arca balançou no caminho e um dos condutores a segurou para impedir que ela caísse. Deus se irritou com a ousadia e matou-o ali mesmo (I Samuel 6:7)

Davi, então, ordenou que a Arca fosse carregada para a cidade pelos levitas. Davi não conseguiu construir o templo pretendido, mas seu filho, Salomão, conseguiu essa façanha. A Arca da Aliança foi colocada no centro do Templo de Salomão onde somente o sumo sacerdote podia entrar, no Yom Kippur.

Yom Kippur tornou-se um ritual anual, o Dia da Expiação (Levítico 16). Nesse dia, eram sacrificados dois bodes que carregavam simbolicamente os pecados do povo. Um deles era deixado para morrer no deserto (origem do “bode expiatório”) e o outro sacrificado no altar e seu sangue aspergido no propiciatório da Arca da Aliança.

Ilustração artística de como o templo de Salomão, em Jerusalém pode ter sido, no séc. X a.C. Construído por arquitetos fenícios, o Templo é descrito em I Reis 6-7.

Saque de Jerusalém pelo Egito

Salomão já havia morrido quando o faraó Sisaque I (22ª Dinastia, séc. X a.C.) conquista e saqueia Jerusalém, conforme relatado em 1 Reis 14:25. Sisaque I “apossou-se dos tesouros do Templo de Javé e do palácio real, levando tudo. Tomou todos os escudos de ouro que Salomão tinha feito” (1 Reis 14:26). Os estudiosos discutem se os despojos incluíam a Arca.

A Arca aparece depois com o rei Josias (640-609 a.C.), um reformador religioso, que ordena aos levitas  “colocai a Arca sagrada no templo que Salomão, filho do rei Davi, construiu; não tendes mais que transportá-la ao ombro” (2 Crônicas 35:3).

Para alguns teóricos, isso pressupõe que a Arca da Aliança foi mantida escondida durante a invasão do faraó Sisaque I e assim permaneceu até o reinado de Josias.

O Cativeiro da Babilônia

Em 587 a.C., a cidade de Jerusalém e o Templo de Salomão foram destruídos pelos babilônicos. O texto apócrifo posterior de 1 Esdras diz que os babilônicos levaram os “vasos da Arca de Deus” e os tesouros do rei junto com os cativos para a Babilônia, mas não especifica a própria Arca. Jeremias 52: 12-23, descreve a destruição dos objetos do Templo, mencionando as colunas de bronze, utensílios de bronze usados no culto, braseiros, taças e candelabros de ouro e prata, mas não menciona a Arca da Aliança.

As Escrituras judaicas que narram a história da Babilônia e da Pérsia também não fazem menção à Arca. É a partir deste momento da história de Israel que desaparece o rastro da Arca.

Há séculos, arqueólogos, estudiosos e aventureiros têm procurado a Arca da Aliança. Competindo com o Santo Graal, a Arca continua sendo uma das relíquias mais cobiçadas dos tempos antigos. As teorias sobre a Arca encontram elementos retirados da literatura helenística judaica.

O livro não canônico de 2 Macabeus 2 informa que, antes da invasão babilônica, o profeta Jeremias

“seguindo uma revelação divina, ordenou que o tabernáculo e a arca o acompanhassem e … ele foi para a montanha que Moisés escalou para ver a terra prometida por Deus” [Monte Nebo, cf. Deuteronômio 34: 1].

“Quando Jeremias chegou lá, encontrou uma vasta caverna na qual colocou a arca, a tenda e o altar do incenso; então ele bloqueou a entrada”. No entanto, “alguns dos que o seguiram quiseram marcar o caminho, mas eles não conseguiram encontrá-lo.”

“Quando Jeremias souve, repreendeu-os e disse-lhe que esse lugar ficaria desconhecido, até que Deus reunisse seu povo e lhes mostre misericórdia. Então o Senhor revelará estas coisas, e a glória do Senhor será vista na nuvem, tal como apareceu no tempo de Moisés e quando Salomão rezou para que o Templo fosse gloriosamente santificado”. (2 Macabeus 2: 1-8).

O Monte Nebo continua sendo um local popular para escavações ilegais, embora o governo da Jordânia tente monitorar essas atividades.

A destruição de Jerusalém pelos romanos

O historiador judaico-romano Flavio Josefo (36-100 d.C.) descreveu o cerco de Pompeu (106-48 a.C.) a Jerusalém em 63 aC:

Mas não havia nada que afetasse tanto a nação, nas calamidades sob as quais estavam, como que seu lugar sagrado, até então nunca visto por ninguém, fosse aberto a estranhos; pois Pompeu e os que estavam ao seu redor entraram no próprio templo, onde não era lícito a ninguém, exceto ao sumo sacerdote, e viram o que estava depositado ali, o candelabro com suas lâmpadas, a mesa, vasos e incensários, todos feitos inteiramente de ouro, como também uma grande quantidade de especiarias amontoadas, com dois mil talentos de dinheiro sagrado. (As Guerras dos Judeus, 1. 7. 6.)

A omissão mais notável na lista é a Arca da Aliança. Josefo também foi testemunha da destruição de Jerusalém e do complexo do Templo pelo Império Romano no ano 70 d.C. Em uma descrição mais ambígua do triunfo romano do imperador Tito, Josefo listou o saque:

Mas para aqueles que foram levados no templo de Jerusalém, eles fizeram a maior figura de todos eles; isto é, a mesa de ouro, o peso de muitos talentos; o castiçal também, que era feito de ouro… e o último de todos os despojos, foi levado a Lei dos judeus” (Guerras , Livro 7:147-151).

O arco triunfal de Tito, que está hoje no Fórum Romano, tem um relevo que mostra os soldados romanos levando o candelabro (menorah), mas nada que se pareça com a Arca da Aliança. A expressão “Lei dos judeus”, no entanto, contribuiu para teorias posteriores (e em andamento) de que a Arca permanece escondida em Roma.

Arco do Triunfo de Tito, erguido em 81 d.C. O relevo mostra a procissão da vitória onde os soldados levam objetos saqueados do Templo de Jerusalém.

Menção à Arca no início da Era Cristã

Entre os pergaminhos dos essênios descobertos em Qumran há um item único, conhecido como Manuscrito de Cobre, encontrado em 1952, na caverna 3, datado de 50-100 d.C. Nele, as letras foram marteladas em folhas de cobre. O pergaminho lista 64 lugares onde o ouro e a prata dos judeus foram escondidos.

Como os outros manuscritos, as descrições dos lugares e dos conteúdos estão às vezes em linguagem codificada, de modo que os locais específicos são difíceis de desvendar. Algumas teorias afirmam que a Arca da Aliança foi escondida durante o cerco de Roma na Revolta Judaica, e o Manuscrito de Cobre oferece uma pista. Porém várias tentativas de localizar os esconderijos e recuperar os tesouros não tiveram sucesso.

Fragmento do Manuscrito de Cobre, 50-100 d.C. , encontrado em Qumran.

A Arca é mencionada apenas duas vezes no Novo Testamento. A Carta aos Hebreus (datada nos anos 80 ou 90 d.C.) argumenta que Cristo é o verdadeiro sumo sacerdote, com descrições de um templo celestial que inclui a Arca. Nas visões de João de Patmos, ele relata “ e o templo de deus no céu se abriu. A arca da sua aliança apareceu no seu templo. Houve relâmpagos, ruídos, trovões, um terremoto e forte chuva de pedra” (Apocalipse 11:19).

O Apocalipse de Baruch, texto apócrifo do final do século I d.C., escrito após a destruição do Templo, relata a história de anjos descendo antes do cerco para salvar os objetos do Templo até o momento da “restauração”. A terra foi ordenada a “engoli-los” (6:7).

Os Templários

Além do Monte Nebo e Roma, a Arca foi procurada em outros lugares, como Jerusalém. Os Cavaleiros Templários, ordem de monges guerreiro criada durante as Cruzadas, são ditos como os guardiões da Arca da Aliança. Conta-se que, quando acampados no Monte do Templo, em Jerusalém, eles descobriram tesouros que incluíam o Santo Graal e a Arca da Aliança. Quando os Cavaleiros foram banidos e executados em 1307, os rumores sobre sua sobrevivência e seus tesouros se multiplicaram ao longo dos séculos. Uma teoria popular é que seus tesouros foram armazenados em Rennes-le-Château, no sul da França. De lá seguiram para a Escócia, e depois para os Estados Unidos, segundo uma teoria de que os Templários se tornaram a Ordem Maçônica.

Membros da ordem dos Cavaleiros Templários, ilustração do século XIX

A Arca na Etiópia

A Igreja Ortodoxa Etíope Tewahedo continua sendo uma das reivindicações mais famosas, declarando que a Arca está alojada na Igreja de Nossa Senhora Maria de Sião, na cidade de Axum. A história da jornada da Arca de Jerusalém para a Etiópia está contida em seu texto sagrado, o Kebra Nagast. Menelik I (século 10 a.C.) foi o fundador do Império Etíope. Segundo a tradição religiosa, ele era filho de Salomão e da rainha de Sabá que havia visitado Jerusalém. Criado como judeu, Menelik visitou a capital e, em uma visão (de destruição iminente), pegou a Arca real e deixou uma réplica.

Durante a Idade Média, no entanto, o país foi convertido à Igreja Ortodoxa. Mas a Igreja Etíope adotou as tradições; cada igreja tem um tabot (uma caixa) que se assemelha à Arca. Há um festival anual onde os sacerdotes marcham em procissão com tabots na cabeça. Um padre é escolhido para passar o resto de sua vida como guardião da igreja em Axum. Todos os esforços para ver a Arca foram veementemente negados.

A Etiópia tinha uma grande comunidade de judeus, cujos remanescentes foram levados de avião para Israel durante a Operação Salomão em 1991.

O Monte do Templo e as Sinagogas Hoje

O local original do complexo do Templo fica na rocha, com muitos túneis escavados na rocha. No entanto, o Monte do Templo (com o santuário da Cúpula da Rocha) foi colocado a cargo do Mufti (a autoridade muçulmana) durante os últimos dias do mandato britânico em 1948.

As autoridades muçulmanas proíbem qualquer escavação arqueológica dentro e ao redor do Monte do Templo em Jerusalém. Em 1981, ao cavar um túnel do Muro das Lamentações sob o Bairro Muçulmano, uma entrada para o complexo foi descoberta. Quando isso vazou para a imprensa, todas as escavações foram interrompidas. O Monte do Templo continua sendo uma das áreas mais sensíveis para judeus e muçulmanos.

Fachada do templo com a Arca da Torá, mosaico do século IV d.C. Descoberto em Khirbet es-Samará, Museu de Israel, Jerusalém.

As sinagogas têm um nicho ou lugar especial para uma Arca da Aliança simbólica. É aqui que são guardados os rolos da Torá que contêm os ensinamentos de Moisés e dos Profetas. Fora de Israel, a Arca está voltada para Jerusalém. O feriado de Yom HaAliyah (Dia Aliyah) em lembrança à entrada o povo judeu na Terra de Israel, celebra a travessia do rio Jordão por Josué enquanto carregava a Arca da Aliança.

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