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Atentado das Torres Gêmeas, EUA

11 de setembro de 2001

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Em 11 de setembro de 2001, os Estados Unidos, foram atacados em seu próprio território. Quatro aviões comerciais norte-americanos foram sequestrados pela organização fundamentalista islâmica Al-Qaeda com o objetivo de realizar ataques suicidas contra alvos civis.

Dois deles colidem com seus ocupantes nas torres gêmeas do World Trade Center (WTC), na ilha de Manhattan, em Nova York, e um terceiro chocou-se com o Pentágono, a sede do departamento de Defesa dos Estados Unidos, nos arredores de Washington.

O quarto avião, um Boeing 757 que saíra de Newark (Nova Jersey) com destino a San Francisco, caiu em um bosque na Pensilvânia. Relatos fornecidos por integrantes do grupo Al-Qaeda  indicaram que o alvo seria o Capitólio, a sede do Congresso, também em Washington. A aeronave chocou-se com o solo depois que passageiros e tripulantes lutaram com os sequestradores dentro da cabine tentando retomar o controle da aeronave.

Não houve sobreviventes em qualquer um dos voos. Ao todo, 2.996 pessoas foram mortas nos ataques, além dos 19 sequestradores dos aviões. Todas as mortes ocorridas foram de civis, exceto por 55 militares atingidos no Pentágono. O 11 de Setembro é considerado o ataque terrorista com o maior número de mortos da história. A tragédia foi filmada ao vivo e transmitida ao mundo causando enorme comoção.

  • BNCC: 9 ano. Habilidade: EF09HI35

Sequência dos ataques

O WTC era um complexo empresarial composto por sete construções, incluindo duas torres de 417 e 415 metros de altura, os edifícios mais altos do mundo na época de sua inauguração, em 1973.

O primeiro ataque, ocorreu às 8h46 contra a Torre Norte. Apresentadores de TV e repórteres que presenciaram o choque, especulavam sobre que tipo de aeronave teria causado aquele “acidente”.

Dezessete minutos depois, às 9h03, ocorreu o segundo choque contra a Torre Sul. A partir daí, já se falava em “ataque” e “atentado” não mais acidente. O pânico tomou conta da população que transitava na área.

Meia hora depois, veio a notícia do terceiro ataque, às 9h37, no Pentágono.

As trajetórias de voo dos quatro aviões sequestrados usados ​​nos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001.

O colapso das Torres Gêmeas

A Torre Sul, atingida pelo segundo avião, desabou às 9h59, e a Torre Norte, a primeira a ser atacada, às 10h28.

Ambas foram destruídas pelo fogo provocado pelos combustíveis das aeronaves, que estavam com seus tanques cheios, tendo sido sequestradas logo depois da decolagem.

No final da tarde, outro prédio do complexo, o 7 WTC, desabou, depois de sua estrutura ter sido abalada pela destruição das torres gêmeas. Envolvidos em tentativas de resgates daqueles que estavam nas torres, 345 integrantes do Corpo de Bombeiros de Nova York morreram com a queda dos edifícios.

Outras milhares de pessoas presentes nas imediações foram atingidas pela fumaça tóxica gerada pelos atentados — particularmente pelo desabamento das duas torres gêmeas do WTC. Até o final de 2018, mais de 2 mil pessoas morreram de doenças associadas à exposição a materiais perigosos naquele dia, particularmente de câncer.

Medidas imediatas de segurança

A FAA (Federal Aviation Administration), agência de aviação federal do país, ordenou que todos os aviões comerciais nos Estados Unidos aterrissassem imediatamente, na pista mais próxima — medida também adotada pelo Canadá. Mais de 4 mil aeronaves aterrissaram. Os voos comerciais permaneceram suspensos no país por três dias.

Os atentados de 11 de setembro mudaram as normas de segurança com a adoção de medidas mais rigorosas e a introdução de normas extras, muitas mantidas até hoje, em aeroportos do mundo todo.

Entre elas, estão a proibição de entrada com líquidos na bagagem de mão (acima de 100 ml) — podem conter algum tipo de explosivo — e a necessidade de passageiros separarem objetos pessoais, como cintos e sapatos, ao passarem nos equipamentos de raio-X no aeroporto, antes do embarque.

Para um monitoramento preciso também foi adotado o uso de scanners corporais, bem como detectores de metal, de explosivos e de outros recursos de segurança.

Investigações dos atentados

Uma mala pertencente ao egípcio Mohamed Atta que havia ficado no aeroporto de Boston foi o ponto de partida na identificação dos autores. Além dos dados do egípcio, ela continha informações de seus companheiros.

O FBI (Federal Bureau of Investigation), a Polícia Federal americana, rapidamente indicou 19 sequestradores, quatro no avião que caiu na Pensilvânia e cinco em cada um dos aviões dos outros ataques. 15 sequestrados eram sauditas, 2 eram dos Emirados Árabes Unidos e 1 do Líbano.

As autoridades apontaram como idealizador da operação o saudita Osama bin Laden, líder do grupo islamista Al-Qaeda.

Os motivos de Osama Bin Laden

Osama Bin Laden era, então, era o mais perigoso e conhecido militante islamista do mundo. Estava baseado no Afeganistão, sob a proteção do regime do Talebã.

Era apontado como responsável pelos atentados a bomba contra as embaixadas americanas em Nairóbi (Quênia) e Dar es Salaam (Tanzânia), em 1998, que deixaram mais de 200 mortos.

O principal motivo apresentado por Bin Laden para sua revolta era a presença de tropas americanas na Arábia Saudita, onde estão as cidades de Meca e Medina, sagradas para os muçulmanos. A presença americana neste país começou em 1990, quando os sauditas permitiram a entrada dos americanos para lançar a guerra que expulsou as forças iraquianas de Saddam Hussein do Kuwait, mas que ali permaneceram depois da guerra.

Os atentados de 11 de Setembro de 2001 foram uma continuação da guerra conclamada por Bin Laden e a Al-Qaeda nos anos 1990, iniciada com os atentados no Quênia e na Tanzânia.

Bin Laden incluía ainda as “atrocidades cometidas pela Rússia na Chechênia e o apoio dado pelos Estados Unidos a Israel” entre os motivos que o levaram a executar os atendados.

Os atentados de 2001 foram também uma forma de atingir os Estados Unidos diretamente e em alvos estratégicos no campo econômico e político. As torres gêmeas do World Trade Center simbolizavam a força do capitalismo americano, enquanto o Pentágono e o Capitólio representam, respectivamente, o poder militar e o poder político da maior potência do planeta.

A resposta imediata dos Estados Unidos

O republicano George W. Bush, então presidente dos Estados Unidos, recebeu apoio de grande parte da população para medidas de reação aos atentados.

Com isso, Bush conseguiu reunir com facilidade apoio político, inclusive da oposição, para o lançamento da Guerra ao Terror que levou às duas guerras que marcariam o seu governo: as invasões e ocupações do Afeganistão, ainda em 2001, e do Iraque, em 2003.

Em 26 de outubro de 2001, Bush assinou o Patriot Act (Lei Patriótica), que facilitou operações de vigilância das autoridades, permitindo o monitoramento de comunicações via telefone e internet. A nova lei também facilitou a troca de informações entre órgãos de segurança como o FBI e a CIA, após a identificação de falhas de comunicação que permitiram que os sequestradores concluíssem a realização dos atentados.

Invasão e ocupação do Afeganistão (2001-2021)

A invasão do Afeganistão para derrubar o regime do Taliban, que abrigou terroristas da Al-Qaeda, foi rápida. Em novembro de 2001, Cabul, a capital do país foi tomada, e os líderes do Talebã fugiram. A partir de então, pouco a pouco os Estados Unidos e seus aliados conseguiram capturar ou matar os principais acusados de planejar e comandar os atentados do 11 de Setembro.

Porém, Osama Bin Laden, levou anos para ser localizado. Apenas em 2 de maio de 2011, o líder da al-Qaeda foi finalmente encontrado. Ele estava numa área de alto padrão na cidade de Abbottabad, no Paquistão, a 120 km da capital, Islamabad.

Após militares estadunidenses invadiram a casa onde ele vivia, Bin Laden foi morto no local. Ele tinha 54 anos. Seu corpo foi levado pelas forças americanas para identificação e, conforme informado por Barack Obama, presidente dos EUA na época, foi lançado ao Mar Arábico menos de 24 horas depois de sua morte — como manda a tradição muçulmana.

A ocupação estadunidense no Afeganistão estendeu-se por vinte anos. Ao encerrar a ocupação, o Talebã novamente assumiu o controle do país em agosto de 2021.

Invasão e ocupação do Iraque (2003-2011)

A invasão do Iraque começou em 20 de março de 2003 por uma coalizão militar multinacional liderada pelos Estados Unidos e Inglaterra, e com reforços da Austrália, Dinamarca e Polônia.

A principal alegação dos invasores foi que o regime de Saddam Hussein estava desenvolvendo armas químicas e biológicas para serem fornecidas a terroristas inimigos dos Estados Unidos. Afirmavam haver indicações claras da ligação entre o regime do ditador iraquiano e a Al-Qaeda.

A operação militar durou apenas 21 dias. Mas a ocupação do país se estendeu até 15 de dezembro de 2011 com a saída das ultimas tropas estadunidenses.

Com a derrota de suas forças, o líder iraquiano Saddam Hussein fugiu. Em 2006, ele foi capturado pelas forças da coalizão e processado por crimes contra a humanidade e condenado à pena de morte por enforcamento.

As forças da ONU vasculharam o Iraque a procura de armas nucleares e nada encontraram. Concluíram que não havia nenhum indício da presença ou produção de armas de destruição em massa em território iraquiano.

A guerra, porém, trouxe grande lucros para as nações envolvidas na ocupação. Ela significou o controle das reservas de petróleo iraquiano, bem como a reconstrução bilionária daquele país destruído, tudo a cargo de empreiteiras da coalizão.

O novo World Trade Center

Ao longo de 2001, a área onde ficavam as torres gêmeas do WTC passou por um complexo trabalho de limpeza e retirada de escombros. Um novo edifício foi erguido no local, optando-se por uma única torre para substituir as antigas torres gêmeas.

A construção foi iniciada em 2006 e concluído em 2013, a um custo de quase U$ 4 bilhões. O novo prédio, chamado oficialmente de One World Trade Center, logo ganhou o apelido de “Torre da Liberdade”.

O novo One World Trade Center substituiu as torres gêmeas na ilha de Manhattan, em Nova York.

A torre tem formato geométrico, cujas laterais são oito triângulos isósceles — quatro com suas bases no solo e outros quatro com as bases no topo. É o edifício mais alto dos Estados Unidos e de todo o hemisfério ocidental, com 541 metros de altura.

Um memorial em homenagem às vítimas dos atentados e um museu também foram construídos no local.

Saiba mais

Foto: Colisão do voo 175 da United Airlines contra a contra a Torre Sul do World Trade Center.

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