Em 22 de setembro de 1828, morria o líder zulu Shaka (ou Tchaka), fundador da nação e do império zulu. Shaka reuniu a sua volta guerreiros de várias origens e criou um exército permanente que travava uma guerra de aniquilação – uma realidade novo para os povos da região. Todos os seus homens estavam vinculados ao serviço militar, dos 16 aos 60 anos de idade, e proibidos de casar até completarem 40 anos.
Shaka introduziu novas armas: o escudo longo que protegia todo o corpo e a lança curta e de lâmina larga para a luta corpo a corpo. Mudou a formação de combate e submetia seus guerreiros a um treinamento intensivo.
As guerras que liderou despovoaram grandes áreas do sul da África com a morte de mais de 2 milhões de pessoas, e o deslocamento de numerosos povos. Por volta de 1820, Shaka tinha um poderoso império militar com 20 mil km2, com uma população de 250 mil habitantes e um exército de 50 mil guerreiros.
A crescente tendência à tirania de Shaka foi o começo de seu declínio e rendeu-lhe a oposição de seu próprio povo. Em 22 de setembro de 1828 ele foi esfaqueado por seus dois meio-irmãos.
O Império Zulu sobreviveu à morte de seu fundador mas, sem a ameaça de Shaka, os britânicos começaram a cobiçar as terras zulus. Na segunda metade do século XIX, os combates entre britânicos e zulus intensificaram-se. Em 1877, a Zululândia foi anexada e em 1894, dois terços das terras zulus foram confiscadas pelos colonizadores e os nativos confinados em reservas.
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