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Trabalhando o texto em classe
O núcleo principal da peça é composto pela família de Manuel João, sua mulher Maria Rosa, a filha Aninha, o negro Agostinho e o jovem José da Fonseca.
Aninha ama José e planejam casar em segredo. Mas José é capturado para servir como soldado. O juiz de paz ordena que Manuel João conduza José até a cidade. Por ser tarde, a família abriga José para pernoitar em casa. No meio da noite, Aninha e José fogem e se casam em segredo. Após descobrirem o fato consumado os pais perdoam a jovem e vão até o juiz esclarecer o caso. O rapaz fica assim desobrigado de servir e a peça acaba com todos comemorando.
O trecho selecionado destaca o trabalho do juiz e a maneira como ele soluciona os conflitos entre os roceiros.
Os alunos comumente gostam de encenar e o fragmento permite que a peça seja apresentada na sala durante o horário da aula.
Algumas questões que podem estimular o debate:
- Em que ambiente se desenrola a peça teatral: urbano ou rural?
- Qual é o nível social das pessoas que procuram pelo juiz? Que problemas elas trazem?
- Na sua opinião, as situações mostradas na peça poderiam ocorrer na cidade? Justifique.
- A Constituição de 1824 garantia a proteção à propriedade e a igualdade de direitos entre os cidadãos. No cotidiano do povo mais humilde, como as leis eram aplicadas?
- Pode-se dizer que entre o juiz e os lavradores há uma troca de favores? Explique.
- A Justiça é plenamente acessível à população mais humilde?
- O juiz age com imparcialidade e justiça? Explique.
Se o professor optar pelo texto integral (indicado abaixo), outras questões e temas poderão ser levantadas aprofundando o estudo do período.
Fonte
- ALMENDRA, Renata Silva. Entre apartes e quiproquós: a malandragem no Império de Martins Pena (Rio de Janeiro 1833-1847). Dissertação de Mestrado. Programa de pós-graduação em História. Brasília: UNB, 2006.
- DAMASCENO, Darcy. Comédias de Martins Pena. Rio de Janeiro: Ediouro, 1966.
- LOPES, Hálisson Rodrigo. O Juiz de Paz no Brasil Imperial. Portal Âmbito Jurídico.
- MAGALDI, Sábato. Panorama do teatro brasileiro. São Paulo: Global, 2001.
- MAGALHÃES JR., Raimundo. Martins Pena e sua época. Rio de Janeiro: Instituto Nacional do Livro, 1972.
- PENA, Martins. O Juiz de Paz na roça. Peça completa.
- PRADO, Décio de Almeida. Teatro de Anchieta e Alencar. São Paulo: Perspectiva, 1993.
- SCHWARCZ, Lilia Moritz & STARLING, Heloisa Murgel. Brasil: uma biografia. São Paulo: Companhia das Letras, 2015.
- VENTURA, Dayse. “Ordem e unidade no império de Martins Pena”. In: ROLLEMBERG, Denise (org.). Que História é essa? Rio de Janeiro: Relume-Dumará, 1994.